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Brasil e Europa debatem o combate ao desperdício de alimentos
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Juliana Miura, Secretaria de Comunicação
25/10/2017

Para encerrar o mês do Dia Mundial da Alimentação, a Embrapa, em parceria com a Delegação da União Europeia e a WWF-Brasil, realiza o Seminário Sem Desperdício, dia 31 de outubro no Museu de Arte do Rio (MAR). O evento faz parte dos Diálogos Setoriais União Europeia – Brasil e reunirá especialistas da Europa, pesquisadores brasileiros e representantes do varejo e indústria nacionais. Confira a programação aqui.

O evento para cem convidados terá transmissão online pelo canal da Embrapa no YouTube e perfil da iniciativa Sem Desperdício no Facebook.

Durante a programação, representantes da Dinamarca, Espanha, França, Holanda e Suécia apresentarão experiências de seus países que tiveram bons resultados e que podem influenciar o desenvolvimento de políticas públicas brasileiras sobre o tema.

A FAO Brasil apresentará o panorama sobre perdas e desperdício na América Latina e serão discutidas estratégias nacionais de combate ao desperdício de alimento, como os bancos de alimentos e a iniciativa Save Food Brasil.

A indústria e o varejo abordarão oportunidades de ação para reduzir as perdas nessas etapas finais da cadeia agroalimentar, tais como o caso do varejo do Rio de Janeiro e da indústria de embalagens do Brasil.

Para exemplificar o que ocorre nas etapas iniciais da produção de alimentos, os especialistas europeus visitarão uma propriedade rural referência em produção orgânica e aproveitamento de resíduos da colheita e do processamento, na região serrana do Rio de Janeiro. “Com uma produção diária de dez toneladas de hortaliças por dia, cinco são de resíduos”, informa Aline Bastos, analista da Embrapa Agroindústria de Alimentos, uma das coordenadoras do evento. Aline explica que as sobras da colheita e do processamento mínimo das hortaliças são usadas para compostagem: “Essa prática diminui o impacto ambiental e o custo com logística – já que não é necessário contratar caminhões para o transporte desses resíduos, e ainda gera um insumo para a produção orgânica”. As frutas e hortaliças da região abastecem os principais supermercados e restaurantes da capital e cidades vizinhas.

Exposição #SemDesperdício
Durante o seminário, haverá também a exposição #SemDesperdício para o público do MAR. Em formato de cartazes, as peças apresentam uma releitura de algumas mensagens sobre desperdício de alimentos que a campanha vem difundindo sob os aspectos da segurança alimentar, conservação ambiental e consumo responsável. Lançada em 2016 pelo WWF-Brasil, Embrapa e FAO, a #SemDesperdício é uma iniciativa que nasceu para aproximar o tema à vida dos brasileiros e gerar um impacto positivo na mudança de hábitos do consumo alimentar nacional.

Projeto para um ano

O Seminário é a primeira atividade do projeto proposto conjuntamente pela DG SANTÉ, órgão da Comissão Europeia em Bruxelas com enfoque em segurança dos alimentos e temas correlatos, e Embrapa. O projeto advém de um diálogo político de alto nível, iniciado em março deste ano durante visita do comissário para Saúde e Segurança dos Alimentos da União Europeia, Vytenis Andriukaitis, à Embrapa, e traduz uma preocupação global e não apenas do Brasil e da União Europeia.

Eneida Zanquetta de Freitas, diretora nacional da iniciativa de apoio aos diálogos Setoriais União Europeia – Brasil, explica a iniciativa: “[O Projeto] enquadra-se nas discussões e ações estabelecidas para uma transição da economia a um modelo mais circular, o que permite a geração de vantagens competitivas e sustentáveis. O Brasil, como ator dessa cadeia global, deve, portanto, comprometer-se a participar ativamente da transformação dentro do cenário mundial”.

“As ações da União Europeia já implementadas para combater o desperdício de alimentos, tanto em nível nacional como em nível regional e local, são consideradas boas práticas e podem ser compartilhadas com o Brasil, visando modificar e aprimorar o comportamento e o consumo responsável ao longo de toda a cadeia de valor com benefício final para a sociedade. É nesse contexto que a iniciativa de apoio aos Diálogos Setoriais vem facilitar o intercâmbio de conhecimentos e experiências, a fim de obter os resultados esperados”, completa Eneida.

Ainda como extensão das ações do projeto, será contratado um consultor externo para conduzir um estudo quantitativo sobre desperdício de alimentos no Brasil, com foco no consumo das famílias, uma demanda da União Europeia e também uma lacuna identificada em estudos já realizados no Brasil. Os participantes do projeto deverão integrar uma missão à União Europeia para conhecer as iniciativas de comunicação voltadas para o consumidor, indústria e varejo.

Objetivos de Desenvolvimento Sustentável
Para Rui Ludovino, primeiro conselheiro da União Europeia no Brasil, as nações europeias estão empenhadas em cumprir os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), incluindo a meta de reduzir pela metade as perdas e o desperdício de alimentos até 2030. “A União Europeia valoriza e muito a cooperação estabelecida com o Brasil, na qual iremos trocar conhecimentos sobre experiências de sucesso nos dois lados do Atlântico”, comenta.

“A prevenção dos resíduos alimentares faz parte integrante do novo pacote de economia circular da Comissão Europeia para estimular a transição da Europa para essa economia para que impulsione a competitividade global, promova o crescimento sustentável e gere novos empregos”, enfatiza o conselheiro.

Carolina Siqueira, analista de conservação do Programa Agricultura e Alimentos do WWF-Brasil, parceiro do projeto nos Diálogos Setoriais, lembra que a crescente necessidade por alimento, principalmente em função de padrões de consumo de países desenvolvidos, é uma das maiores ameaças para o futuro do planeta. “Atualmente, em torno de 1,3 bilhão de toneladas de alimentos é desperdiçado mundialmente a cada ano, o que representa o uso de diversos insumos e recursos naturais em quase 30% da área agricultável no mundo e que está sendo usada para produzir alimentos que acabam no lixo. Ou seja, a pressão que está sendo exercida na Terra pode ser reduzida e é essencial estarmos envolvidos nas discussões sobre o tema para alertar, informar e envolver a sociedade para mudarmos essa realidade”, aponta.

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