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Show Rural: Embrapa apresenta mais de 50 inovações
Empresa traz ainda cinco tecnologias: duas cultivares de soja, uma cultivar de feijão, a primeira tecnologia de inoculação de braquiária com Azospirillum e o aplicativo Guia InNat
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Lebna Landgraf, Embrapa Soja
02/02/2018

Durante o Show Rural Coopavel, a ser realizado de 5 a 9 de fevereiro, em Cascavel (PR), a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e seus parceiros irão apresentar mais de 50 inovações e lançar cinco tecnologias: duas cultivares de soja (BRS 433RR e BRS 511), uma cultivar de feijão (BRS FC104), a primeira tecnologia de inoculação de braquiária com Azospirillum e o aplicativo Guia InNat, que auxilia na identificação de agentes naturais para controle de pragas. Os resultados da pesquisa estarão disponíveis em três espaços: na Casa da Embrapa, na Vitrine de Tecnologias e na Vitrine Tecnológica de Agroecologia.

A Embrapa irá participar da feira, por meio de 11 unidades de pesquisa. Na Casa da Embrapa, os visitantes terão a oportunidade de conhecer as tecnologias que colaboram com a sustentabilidade da agropecuária, referentes a diversas áreas como grãos, frutas, produção animal e recursos naturais. Na Vitrine de Tecnologias serão apresentadas tecnologias e cultivares para as culturas da soja, feijão, milho, sorgo, mandioca e forrageiras. Serão apresentadas ainda informações sobre as vantagens do sistema de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF). Também está prevista a programação de palestras técnicas sobre temas diversos, dirigidas a produtores rurais.

A Embrapa irá participar ainda da Vitrine Tecnológica de Agroecologia, espaço em que serão demonstrados, em conjunto com uma rede de parceiros, os princípios da Agroecologia, as tecnologias de produção agroecológica e a diversidade de cultivos.

Lançamentos

Feijão BRS FC 104
O feijão carioca BRS FC 104 é a primeira cultivar superprecoce do mercado, produzida pela Embrapa. A cultivar tem ciclo abaixo de 65 dias (da semeadura à maturação dos grãos). Geralmente, uma variedade de feijão possui ciclo de 90 dias, sendo as mais precoces com ciclo em torno de 75 dias. Este fator representa vantagem competitiva para o agricultor. “A BRS FC 104 pode ser inserida em ambientes, cujo ciclo curto seja desejável. Pode ser para o plantio antecipado na época das águas e no inverno, escapando das doenças de solo, além de diminuir o risco de perdas por veranicos (estiagens) na safra de verão. É também um trunfo para dinamizar a rotação de culturas em áreas agrícolas, com a introdução do cultivo do feijão”, afirmou o pesquisador e coordenador do programa de melhoramento de feijão da Embrapa Arroz e Feijão, Leonardo Melo.

A BRS FC 104 apresenta, em condições ambientais e de cultivo favoráveis, potencial produtivo de até 3.792 quilos por hectare. A BRS FC 104 BRS pode ser cultivada nas principais regiões produtoras de feijão no Brasil. Ela foi registrada para as épocas das águas, seca e inverno em Goiás, Distrito Federal, Mato Grosso, Espírito Santo, Rio de Janeiro e Bahia; para as águas e seca no Mato Grosso do Sul, Paraná, Santa Catarina, São Paulo e Rio Grande do Sul; para época do inverno, em Tocantins; e para as águas no Maranhão, Sergipe, Alagoas, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Piauí, Ceará e Paraíba.

Cultivar de soja BRS 511: tecnologia Shield@
A Embrapa e a Fundação Meridional estão lançando a cultivar de soja convencional BRS 511, cujo diferencial é a alta produtividade associada a maior proteção contra a ferrugem da soja.  A BRS 511 é a primeira cultivar que a Embrapa coloca no mercado com a Tecnologia Shield@, selo que identifica as cultivares de soja que apresentam genes de resistência à ferrugem-asiática. A nova cultivar é uma ferramenta que chega para auxiliar o manejo da ferrugem-asiática da soja, mas não dispensa o controle químico. “Seu diferencial é retardar o avanço da doença no campo, promovendo uma maior estabilidade de produção quando as condições climáticas forem desfavoráveis à aplicação de fungicidas”, ressalta o pesquisador da Embrapa Soja, Carlos Lásaro Pereira de Melo.

Importante ressaltar que a resistência da BRS 511 à ferrugem não é do tipo imune, entretanto permite uma melhor convivência com a doença no campo, sendo uma importante aliada do manejo. A BRS 511 é uma cultivar diferenciada ainda, porque na rede de avaliação onde foi testada, conduzida por parceiros em diferentes regiões, sua produtividade foi superior à da BRS 284, que já esteve entre as mais produtivas do país em concursos de produtividade.

A BRS 511 apresenta ampla adaptação, sendo indicada para as regiões de Santa Catarina (REC 102), Paraná (REC 102, 103, 201), São Paulo (REC 203, 302), Mato Grosso do Sul (REC 202, 204, 301), Goiás (REC 302, 301) e MG (REC 302). A BRS 511 é do grupo de maturidade 6.4 para as REC 102, 103 e macrorregião 2 e 6.9 nas REC 301 e 302.

Cultivar de soja BRS 433RR
A Embrapa e a Fundação Meridional estão lançando também a BRS 433RR, uma soja transgênica com tolerância ao glifosato, que apresenta produtiva elevada, com estabilidade e ciclo precoce. A BRS 433RR pertence ao grupo de maturidade relativa 5.8, o que indica precocidade interessante para compor os sistemas de produção que exigem essa característica. Dessa forma, a cultivar permite o plantio de uma segunda safra nas regiões onde esse cultivo é viável. A colheita mais precoce também pode ajudar no controle de percevejos e de doenças como a ferrugem da soja, uma vez que reduz o tempo de exposição da cultura a esses problemas, no campo.

Além da BRS 433RR ter se destacado nos ensaios de pesquisa, o desempenho da cultivar também surpreendeu nos testes realizados a campo por parceiros. “Como a produção atingiu patamares acima de 200 sacas por alqueire (acima de 4.900 kg/ha), muitos parceiros da Embrapa na produção de sementes demonstraram interesse na multiplicação desta cultivar”, diz Carlos Lásaro Melo.

A cultivar traz ainda, como diferencial, ótima sanidade a doenças foliares e radiculares. A cultivar é recomendada para as regiões altas e frias de Santa Catarina (REC 102 e 103), Paraná (REC 102 e 103) e São Paulo (REC 103).

Inoculação de braquiárias com Azospirillum
Inovação desenvolvida pela Embrapa Soja, em parceria com a empresa Total Tecnologia, promove o incremento na produção de biomassa e no conteúdo de proteína do capim braquiária, favorecendo a recuperação de pastagens degradadas, promovendo o sequestro de carbono e contribuindo para a mitigação de gases de efeito estufa. A tecnologia gerada consiste na inoculação do capim com o inoculante Azototal, primeiro produto comercial com registro para braquiárias, que contém estirpes selecionadas da bactéria Azospirillum brasilense. O lançamento da tecnologia ocorrerá no Show Rural Coopavel, entre 5 e 9 de fevereiro, em Cascavel (PR). “Com a inoculação, as forrageiras poderão dispor de 25% a mais de proteína, o que irá melhorar a qualidade nutricional da alimentação dos animais”, relatam os pesquisadores Mariangela Hungria e Marco Antonio Nogueira.

Considerando as parcelas que receberam fertilizante nitrogenado, a inoculação com o Azototal resultou em um incremento de 15% na produção de biomassa da braquiária e de 25% no conteúdo total de proteína. “Esses números são excepcionais e podem impactar positivamente a agropecuária”, afirma Mariangela Hungria. A bactéria Azospirillum brasilense é classificada como “bactéria promotora do crescimento de plantas”. O principal efeito dela é a produção de fitormônios, que resultam, principalmente, em incrementos consideráveis na biomassa de raízes. “Com o maior crescimento das raízes, a capacidade da forrageira para explorar o solo em busca de nutrientes e água é ampliada e permite, inclusive, um maior aproveitamento do fertilizante aplicado”, explica a pesquisadora.

Aplicativo Guia InNat
Uma das maiores dificuldades para quem pretende fazer uso de inimigos naturais para o controle de pragas nas lavouras é conseguir identificar estes agentes. Para facilitar a vida do produtor rural, pesquisadores da Embrapa Agrobiologia desenvolveram um aplicativo onde é possível acessar imagens dos agentes naturais de controle mais comuns e detalhes como tamanho, coloração e sua função na natureza. O aplicativo contempla 16 famílias de insetos e mais as aranhas. Com um smartphone em mãos, é possível fotografar um inseto na lavoura e comparar a foto com as imagens da galeria do Guia InNat. “De nada adianta a presença de insetos benéficos na lavoura, se o agricultor confundi-los com os que podem causar danos à plantação”, ressalta a pesquisadora Alessandra Carvalho, especialista em controle biológico de pragas e uma das idealizadoras do aplicativo. O Guia InNat é gratuito e está disponível para download na loja de aplicativos Google Play. Também está em estudo uma versão para IOS.

Confira mais informações no site sobre a participação da Embrapa no Show Rural.

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