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Genética Vegetal      
Cultivares de grão-de-bico são testadas e aprovadas por produtores do Mato Grosso
Áreas atuais serão expandidas, o que deve tornar o estado do Mato Grosso uma referência na produção da leguminosa
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Anelise Macedo, Embrapa Hortaliças
16/07/2018

A leguminosa chegou por último entre os cultivos desenvolvidos no município de Campo Novo do Parecis, no Mato Grosso, mas vem demostrando que veio para ficar. Um exemplo disso foi mostrado durante o Dia de Campo de Grão-de-Bico, que reuniu no dia 10 de julho último produtores, técnicos e representantes de empresas, públicas e privadas, na fazenda Nossa Senhora Aparecida, para avaliar os resultados alcançados pelos materiais testados, com destaque para a cultivar BRS Aleppo, que leva a assinatura da Embrapa Hortaliças (Brasília-DF).

E o desempenho da leguminosa não frustrou quem apostava em novas alternativas de plantio no município, maior produtor de milho pipoca e de girassol do País – a média de produtividade do grão-de-bico, acima de 30 sacas por hectare, confirmou os primeiros prognósticos e animou os produtores, a exemplo de Antônio Brólio que confessa “estar bastante animado e ainda aprendendo a lidar com a cultura”, já que esse foi o primeiro ano de cultivo em sua propriedade.

“Normalmente, planto milho em janeiro e fevereiro, o girassol entra em março e, no final de fevereiro desse ano, plantei o grão-de-bico numa área de sequeiro de 230 hectares e colhi 1.950 quilos por hectare, o que me motivou a plantar mais 70 hectares, dessa vez com pivô de irrigação para testar”, informa o produtor.

Para o pesquisador e chefe-geral, que também coordena o programa de melhoramento genético de leguminosas da Embrapa Hortaliças, Warley Nascimento, a cultura passou “com louvor” nos testes, um sucesso que ele credita à confiança dos vinte produtores que se dispuseram a plantar as cultivares de grão-de-bico, após a colheita do milho, da soja e do algodão, realizada nos meses de março e abril.

De acordo com Nascimento, as produtividades médias de um pouco mais de 30 sacas por hectare confirmaram o acerto da aposta com a leguminosa que, ao contrário de outras culturas, não exige grandes aportes de água ao longo dos quatro meses de seu ciclo de produção – o plantio é feito em março, período não recomendado para culturas como o milho, por exemplo.

Avanços consolidados

Para Alex Ferrari, agrônomo e gerente técnico do Grupo Ferrari, empresa que coordena os trabalhos com o grão-de-bico na região, o desempenho da leguminosa avaliado no dia de campo demonstrou a viabilidade da produção da leguminosa do Mato Grosso. “Foram dois anos de pesquisas sobre essa possibilidade, num trabalho conjunto com o pesquisador Warley Nascimento e o produtor Osmar Artiaga, que produz grão-de-bico em Goiás”, lembra Ferrari.

Após a confirmação da viabilidade de cultivo em MT, a etapa seguinte envolveu o plantio com duas ou três cultivares em uma área de 60 hectares, “que, conforme apontaram os resultados, em breve serão expandidos, o que deve tornar o estado do Mato Grosso uma referência na produção dessa leguminosa”, profetiza o gerente.

Seminário
As pesquisas de melhoramento genético que vêm sendo desenvolvidas, as novas cultivares e as boas oportunidades surgidas com o uso do grão-de-bico na diversificação de cultivos, a exemplo do município mato-grossense, serão discutidas durante a segunda edição do Seminário sobre Hortaliças Leguminosas, que acontece nos dias 30 e 31 de agosto de 2018 na Embrapa Hortaliças.

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