dia de campo

a
Esqueceu a senha?
Quero me cadastrar
     24/04/2024            
 
 
    

Ao contrário do que se esperava, a Medida Provisória 571, que deveria dar tranquilidade ao campo, regulamentando pontos que eram conflitantes no novo Código Florestal, fica longe disto. Tem causado muita insatisfação tanto do setor produtivo quanto de ONGs.

O texto aprovado na Comissão mista do Congresso ainda terá que passar por votação de seus destaques, e são mais de 300 destaques que serão apreciados no plenário da Câmara e do Senado, restando ainda a possibilidade de que o Congresso possa fazer seu papel e criar uma lei que dê segurança jurídica à produção e não o contrário, como está acontecendo até este momento.

Um dos exemplos de insegurança é o Art. 1º do Código Florestal que traz princípios subjetivos que trazem insegurança jurídica, onde cada princípio pode ser avocado e se sobrepujar aos dispositivos da lei, resultando em sanções aos produtores. O relatório da MP 571 manteve os princípios: retirou um ou outro ponto mais subjetivo, mas manteve a essência, a previsão de princípios norteadores do texto legislativo ressaltando, porém, que o objetivo é a promoção do desenvolvimento sustentável.

O Código Florestal, assim como a MP 571, teve foco mais social que ambiental ou econômico, deixando desta forma de ser sustentável. Tem grandes avanços ao pequeno proprietário, mas ao mesmo tempo não consolida a área dos médios e grandes, sendo assim as APPs (Áreas de Preservação Permanente - margens de rios) passam a ter uma medida política e não baseada em ciência como deveria.

A grande preocupação é que o Legislativo (Congresso Nacional) está deixando de legislar e dar segurança jurídica à população brasileira. O Legislativo ao invés de fazer leis objetivas com regras e normas claras a serem cumpridas e respeitadas passa ao SISNAMA (Sistema Nacional do Meio Ambiente) o poder de autorizar a compensação ou não.

A grande questão é: quais os critérios, parâmetros, que o SISNAMA vai usar? Serão fiscais? Sendo assim o Congresso Nacional está delegando responsabilidade ao Sistema, dando direitos ao fiscal, ao Ministério Público e aos juízes para legislar, ficando a produção brasileira à mercê de critérios subjetivos. Isto cria uma grande insegurança jurídica e impedirá grandes ganhos ao Brasil.

O fortalecimento de órgãos fiscalizadores não seria um problema, muito pelo contrário, mas isso se os legisladores tivessem criado leis objetivas, no entanto, criaram muitos pontos subjetivos que deixam margem à interpretação. O Legislativo (deputados e senadores) deixa de criar parâmetros de segurança ao produtor, fortalecendo a interpretação individual de fiscais, promotores e juízes.

A nova legislação ambiental do Brasil chega a absurdos onde só os pequenos produtores podem ter piscicultura no Brasil. Não se pode mais fazer represas, e como ficará a irrigação? Afinal, não querem que se amplie a área produtiva, não querem que se irrigue, não querem consolidar o que já foi aberto a centenas de anos. Foi criado um Código Florestal insustentável a um país em desenvolvimento, aonde esse governo quer chegar?

Precisávamos de uma nova lei ambiental, ela tem grandes conquistas, mas jamais deveria delegar o poder legislador aos órgãos fiscalizadores. Isto cria insegurança jurídica e fortalece a indústria das multas, sem dúvida ao desequilibrar o tripé da sustentabilidade - que é baseado no ambiental, social e econômico - traz problemas seríssimos que devem ser corrigidos, antes que traga prejuízos irreparáveis ao Brasil.

Aviso Legal
Para fins comerciais e/ou profissionais, em sendo citados os devidos créditos de autoria do material e do Jornal Dia de Campo como fonte original, com remissão para o site do veículo: www.diadecampo.com.br, não há objeção à reprodução total ou parcial de nossos conteúdos em qualquer tipo de mídia. A não observância integral desses critérios, todavia, implica na violação de direitos autorais, conforme Lei Nº 9610, de 19 de fevereiro de 1998, incorrendo em danos morais aos autores.
Ainda não existem comentários para esta matéria.
Para comentar
esta matéria
clique aqui
sem comentários
Já pensou em plantar canola?
Bem cotada no mercado, oleaginosa é opção de safrinha em algumas regiões e oferece vantagens agronômicas e financeiras
Nutrição correta em cada fase, bons resultados no todo
Com o crescente ganho genético dos cavalos brasileiros, ocorre o natural aumento das exigências nutricionais e de manejo
Mais camarão em menos tempo
Camarão branco do pacífico predomina em 95% das criações no Brasil e o Nordeste é responsável por 92% de toda a produção nacional da espécie
Triticultura: brusone preocupa no Brasil Central
Condições climáticas atípicas deste ano provocaram a alta incidência da brusone e produtores precisam adotar cuidados especiais
Reaproveitamento da água residuária do café para fertilização
Resíduo líquido pode suprir a necessidade de nutrientes e matéria orgânica em outros cultivos
Quatro novas cultivares de algodão
Variedades transgênicas mantêm características das convencionais e agregam resistência ao glifosato e a lagartas em geral
Programa Produtores de Água
Projeto quer recuperar e conservar das nascentes, garantir a qualidade e a quantidade de água, reconhecer financeiramente o trabalho do produtor rural
Código Florestal cria insegurança no campo
A grande preocupação é que o Legislativo (Congresso Nacional) está deixando de legislar e dar segurança jurídica à população brasileira
Cigarras: um inimigo quase invisível da cafeicultura
O cafeeiro, quando atacado por cigarras, apresenta definhamento progressivo, folhas com pontuações brancas e com queda prematura, #quot#envaretamento#quot# e, principalmente, decréscimo acentuado de produção
Cana-de-açúcar no Cerrado: estresse hídrico
Na safra 2011-2012 a lavoura de cana apresentou um fraco desenvolvimento, inferior ao da safra passada. O clima foi o priincipal causador da queda de produção
Ambiência e bem-estar no pré-abate de suínos
A busca por produtos de alta qualidade estará sempre em evidência no mercado consumidor moderno e o bem-estar animal no pré-abate tem grande importância neste processo
Segurança dos alimentos
Época de plantio diminui risco de doenças
Cultura do girassol usa período de semeadura como combate à mancha de alternária e podridão de esclerotínea
Iscas para controle de broca na bananicultura
Feitas do próprio pseudocaule, elas atraem os besouros que devem ser capturados e queimados pelos produtores
Alta produtividade em sistema plantio direto
Técnica aumenta teor de matéria orgânica do solo e deve estar aliada a insumos de qualidade na cultura do milho
Técnicas básicas de manejo diminuem nematóides
Uso de cultivares resistentes e tolerantes, nematicidas, controle biológico e rotação ou sucessão de culturas são técnicas simples e que dão bons resultados
Falta de cálcio no sangue pode matar vacas no pós-parto
Controle da hipocalcemia é feito através da ingestão de sal aniônico nos 20 últimos dias da prenhez; se a doença não for tratada, 70% dos animais têm chance de morrer
Eventos orientam produtor para a próxima safra
Com foco na assistência técnica e extensão rural, Fundação MT analisa e dá dicas para as culturas do milho, algodão e soja

Conteúdos Relacionados à: Política
Palavras-chave

 
11/03/2019
Expodireto Cotrijal 2019
Não-Me-Toque - RS
08/04/2019
Tecnoshow Comigo 2019
Rio Verde - GO
09/04/2019
Simpósio Nacional da Agricultura Digital
Piracicaba - SP
29/04/2019
Agrishow 2019
Ribeirão Preto - SP
14/05/2019
AgroBrasília - Feira Internacional dos Cerrados
Brasília - DF
15/05/2019
Expocafé 2019
Três Pontas - MG
16/07/2019
Minas Láctea 2019
Juiz de Fora


 
 
Palavra-chave
Busca Avançada