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O estudo dos sistemas conservacionistas de manejo da Embrapa Tabuleiros Costeiros visa inserir o território no cenário produtivo de alimentos do país. A predominância de culturas perenes nessa região do nordeste brasileiro deve-se, principalmente, ao baixo teor de matéria orgânica do solo.
Segundo o pesquisador Antonio Carlos Barreto, esse segmento da agricultura dispensa o replantio após o primeiro ciclo.
— Já as chamadas culturas anuais, como o café e outras árvores frutíferas, por exemplo, exigem maior movimentação da terra. O revolvimento piora o baixo índice de fertilidade natural. O desafio aqui é justamente potencializar essa capacidade ao máximo — explica ele.
Instalados no sul do estado de Sergipe, os experimentos de quatro repetições utilizam várias técnicas de tratamento. De acordo com Barreto, o Plantio Direto é o menos traumático.
— É preciso aumentar o índice de biomassa no solo. Quero ressaltar que durante os ensaios nós apenas simulamos o Plantio Direto. Lidamos com parcelas pequenas que não comportam as máquinas — detalha Barreto.
Os testes contemplam a implementação de lavouras de milho isolado e consorciado ao guandu. O consórcio, porém, proporciona complementariedade temporal, à medida que a capacidade de rebrota da leguminosa gera cerca de 7 toneladas de biomassa na sucessão da colheita no milharal.
Até o momento, os ensaios revelaram efeitos positivos quanto à porosidade do solo, infiltração de água, diminuição da densidade, maior estabilidade de agregados e pequeno aumento de material orgânico. Resultados mais concretos estão previstos para 2010.
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