dia de campo

a
Esqueceu a senha?
Quero me cadastrar
     07/05/2024            
 
 
    
     
Uso excessivo de gesso agrícola pode contaminar lençol freático
Tecnologia foi desenvolvida para melhorar o enraizamento profundo no cerrado
Ouça a entrevista Comente esta notícia Envie a um amigo Aponte Erros Imprimir  
Pedro Zuazo e Juliana Royo
19/03/2010

As tecnologias rurais são criadas para beneficiar o produtor, facilitar a produção, melhorar a rentabilidade ou para agredir menos o meio ambiente, mas, se usadas de forma abusiva, podem provocar sérios danos. O gesso agrícola é uma importante ferramenta para os produtores da Região do cerrado, porque como o solo da área é mais duro, o enraizamento profundo (além de 20 centímetros) se torna mais complicado e o gesso ajuda neste processo. No entanto, se ele for utilizado em excesso pode acabar contaminando o lençol freático, causando um grave dano ambiental. A dose recomendada de gesso é de 50 vezes o teor de argila, no caso de culturas anuais, e 75 vezes o teor de argila, no caso de culturas perenes.

O pesquisador Djalma Martinhão, da Embrapa Cerrados, diz que, além do prejuízo ambiental, o uso abusivo do gesso agrícola causa prejuízo financeiro. Não adianta fazer aplicações acima dos valores recomendados, pois o solo não vai responder mais, então é um gasto desnecessário. O custo do gesso é relativamente barato (R$ 30 a tonelada), mas pode ficar caro dependendo da localização da propriedade rural. Isto, porque apenas os municípios de Catalão e Uberaba produzem o material e o frete pode sair caro.

— De uma maneira geral, os solos do cerrado possuem alto teor de alumínio e baixo teor de cálcio. Aí as raízes não passam da camada de 20 centímetros (onde se coloca o calcário). O gesso é para melhorar abaixo disso, na camada entre 20 e 60 centímetros. A ideia é: quando o teor de alumínio é superior a 20% da saturação de alumínio e o teor de cálcio abaixo de 0,5% centimol, a gente vai adicionar o gesso para melhor as condições de enraizamento profundo e superar, principalmente, os veranicos que ocorrem nesta região — explica Martinhão.

O produto deve retirar uma amostra de solo na camada profunda, entre 20 e 60 centímetros, deve mandar para análise e saber interpretar o resultado. Segundo Martinhão, não é fundamental a presença de um agrônomo, mas o produtor que for fazer a amostragem deve ser bem cuidadoso e criterioso. Tem que prestar atenção para não contaminar a amostragem com os primeiros 20 centímetros do solo, porque um dos maiores problemas para tomadas de decisões erradas é a realização de amostragens erradas.


Foto: Desenvolvimento de raízes de algodão em profundidade na ausência e na presença de gesso por ocasião da floração plena. (Fonte: Embrapa Cerrados)

Clique aqui, ouça a íntegra da entrevista concedida com exclusividade ao Jornal Dia de Campo e saiba mais detalhes da tecnologia.
Aviso Legal
Para fins comerciais e/ou profissionais, em sendo citados os devidos créditos de autoria do material e do Jornal Dia de Campo como fonte original, com remissão para o site do veículo: www.diadecampo.com.br, não há objeção à reprodução total ou parcial de nossos conteúdos em qualquer tipo de mídia. A não observância integral desses critérios, todavia, implica na violação de direitos autorais, conforme Lei Nº 9610, de 19 de fevereiro de 1998, incorrendo em danos morais aos autores.
Ainda não existem comentários para esta matéria.
Para comentar
esta matéria
clique aqui
sem comentários

Conteúdos Relacionados à: Análise de Dados
Palavras-chave

 
11/03/2019
Expodireto Cotrijal 2019
Não-Me-Toque - RS
08/04/2019
Tecnoshow Comigo 2019
Rio Verde - GO
09/04/2019
Simpósio Nacional da Agricultura Digital
Piracicaba - SP
29/04/2019
Agrishow 2019
Ribeirão Preto - SP
14/05/2019
AgroBrasília - Feira Internacional dos Cerrados
Brasília - DF
15/05/2019
Expocafé 2019
Três Pontas - MG
16/07/2019
Minas Láctea 2019
Juiz de Fora


 
 
Palavra-chave
Busca Avançada