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Minhocas são bastante conhecidas por seus usos tradicionais, tais como isca para pescaria e produção de húmus para adubação. Mas estes animais podem ser utilizados para finalidades mais nobres, como proteger a integridade física dos solos, minimizar o uso de pesticidas e fertilizantes, aumentar a produtividade e os recursos orgânicos dos solos e indicar a qualidade ambiental de uma região.
Para discutir resultados de pesquisa sobre estes animais, cientistas de nove países vão estar reunidos em Curitiba/PR de 13 a 15 de outubro, durante o 4º Encontro Latino Americano de Ecologia e Taxonomia de Oligoquetas (Elaetao 4).
Tradicionalmente, o uso das minhocas como indicadoras da qualidade do solo é feito de modo empírico pelos produtores rurais, mas levantamentos científicos mostram que seu potencial como bioindicadoras pode ser mais bem explorado. Devido à importância ecológica das espécies de minhocas, estudar a composição das suas comunidades em diferentes ecossistemas é um importante ponto de partida para entender seus efeitos potenciais no solo e na produtividade vegetal. Como podem ter uma influência distinta sobre estes processos, sua influência, tanto positiva quanto negativa, precisa ser estudada.
Existem poucos especialistas no mundo sobre o assunto, mas a tendência é que está área comece a se expandir pelo potencial que tem sido verificado de uso dos resultados de pesquisa. No Brasil, já foram realizados levantamentos em praticamente todos os biomas e em muitos sistemas produtivos.
Os dois primeiros dias do evento estão reservados para palestras, sessão de pôsteres e relatos de casos. No último dia acontecem dois workshops.
Entre os diversos trabalhos a serem discutidos, algumas experiências brasileiras:
- Minhocas como bioindicadores de qualidade do sistema plantio direto na palha;
- Percepção de agricultores sobre o potencial da minhoca na avaliação da qualidade do solo em agroecossistemas;
- Microdrilos aquáticos como indicadores de perturbação;
- Minhocultura como tecnologia social em assentamentos rurais no Território Sul de Sergipe.
Também serão apresentadas experiências dos Estados Unidos e México.
O 4º Elaetao é uma promoção da Embrapa Florestas (Colombo/PR), Universidade Positivo, Universidade Federal do Paraná, Universidade Estadual de Londrina, com apoio da Fundação Agrisus, Fundação Araucária, Capes e CNPq. (Katia Pichelli)
* Serviço:
Data: de 13 a 15 de outubro de 2010
Local: Universidade Positivo (Rua Prof. Pedro Viriato Parigot de Souza, 5300 - Campo Comprido – Curitiba/PR) - Bloco Vermelho - Sala 2E
Horário: 9h30 às 17h30
Site do evento: http://www.elaetao4.com/index.html
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