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Kamila Pitombeira
21/06/2011
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Uma das culturas que pode trazer lucro para os produtores do Semiárido mineiro é a mamona. Mas é preciso ficar atento a algumas questões importantes de manejo, como o espaçamento, por exemplo, capaz de garantir o sucesso da produção, quando feito de maneira correta. As diferentes tecnologias de plantio de mamona foram tema abordado no dia de campo sobre Produção de Sementes de Mamona e Cultura do Milho, que aconteceu no dia 19 de abril, em Jaíba, norte de Minas Gerais.
Segundo Nívio Poubel, mestre em entomologia e pesquisador da Epamig (Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais), a primeira preocupação que o produtor de mamona deve ter é escolher bem a variedade que plantará. Depois disso, ele deve plantar no espaçamento e momento correto para garantir assim o sucesso da sua atividade.
— Entre as novas tecnologias que foram abordadas no dia de campo, uma delas é o plantio de uma semente de qualidade. Lá, foi apresentada a variedade de semente IAC Guarani, que deve ser plantada no espaçamento de 1m a 1,80m, dependendo da fertilidade do solo. Se o solo for mais fértil, o espaçamento deve ser um pouco mais largo. Se for menos fértil, esse espaçamento deve ser mais estreito — explica o pesquisador.
Além disso, de acordo com ele, deve haver uma boa adubação de fósforo, já que a cultura da mamona é bem exigente. Se não houver uma quantidade de fósforo no plantio, ele diz que a cultura praticamente não responderá. Além disso, a lavoura deve ser mantida no limpo até os 60 ou 70 dias para que o produtor possa conseguir uma boa produtividade.
— Na região do Norte de Minas, para cada real aplicado em adubação, o produtor tem R$5 de retorno em produtividade, dentro de certos limites e obedecendo sempre a análise de solo para fazer a adubação. Mas estamos tendo problemas na região com relação a umas variedades novas que foram cultivadas esse ano — afirma Poubel.
Ele explica que, ao errar no espaçamento da variedade que está plantando, o produtor pode reduzir muito sua produtividade. Existem casos, segundo ele, em que produtores perderam até 50% da produção por errarem na questão do espaçamento. Já em relação às doenças, o mofo cinzento é a que mais ataca.
— A nossa preocupação com relação à doença é, principalmente, com o mofo cinzento. Mas temos uma dificuldade grande, pois não temos nenhum produto registrado no Ministério da Agricultura contra pragas ou doenças da mamona. Portanto, não podemos fazer nenhuma recomendação — lamenta.
Para o pesquisador, o custo de produção da mamona permite que o produtor da região obtenha lucro. De acordo com ele, a mamona foi comercializada na última safra a R$1,25. Já o custo médio de produção variou entre R$800 e R$1.000 e a renda dos produtores pode ter chegado a até R$1.300 ou 1.400.
Para mais informações, basta entrar em contato com a Epamig através do número (31) 3489-5000 ou com o pesquisador Nívio Poubel através do e-mail niviopg@hotmail.com.
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