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Sustentabilidade    
Bambu é opção para agricultor familiar
Nova lei incentiva a utilização da cultura em áreas degradadas e oferece possibilidade de expansão do mercado
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Kamila Pitombeira
20/10/2011

De fácil manejo e adaptabilidade, a cultura do bambu nunca foi o foco de incentivos ou pesquisas. No entanto, esse cenário começa a mudar com a criação da Lei do bambu, que promete potencializar as pesquisas com a planta. O objetivo da lei é incentivar o manejo sustentável e é aí que entra a cultura em questão. Totalmente sustentável, ela pode ser implementada em áreas degradadas, que representam milhões de hectares no Brasil, e ainda melhorar a renda do agricultor familiar, contribuindo para a erradicação da pobreza. 

Segundo Elias Miranda, pesquisador da Embrapa Acre, o uso do bambu vai desde o artesanato até a indústria de papel e celulose, por exemplo. Hoje, existem até pesquisas para aplicação em nanotecnologia, como as nanopartículas de carvão ativado para a fabricação de filtros de alta eficiência.

— Portanto, o uso do bambu é diversificado e pode se voltar até mesmo para a construção de moradias, além da alimentação — diz o pesquisador.

De acordo com ele, o governo da presidente Dilma Roussef pretende investir na erradicação da miséria e o bambu é uma cultura que apresenta forte ligação com a agricultura familiar, além de ser sustentável e pouco exigente em termos de solo.

— Além de voltado para a comercialização, o bambu pode ser utilizado pelo próprio produtor para melhorar sua moradia e a infra-estrutura da propriedade — acrescenta ele.

A lei estabelece uma política nacional de incentivo ao manejo sustentável e ao cultivo do bambu. Ela visa, através de ações governamentais, incentivar o cultivo e o manejo da cultura, principalmente em áreas que possuem reservas de florestas com bambu, como é o caso da Amazônia.

— Essas ações governamentais pretendem incentivar o uso de um produto abundante que não costumava ser significativo, principalmente devido à abundância de madeira que costumava ser mais barata — explica.

Miranda chama a atenção para o fato de que o Brasil tem milhões de hectares de áreas degradadas e que o bambu, como é uma cultura pouco exigente em termos de fertilidade do solo, se adapta a áreas marginais, com inclinação acentuada, onde não seria possível cultivar outras culturas. Para ele, a ocupação dessas áreas teria um grande impacto na recomposição de áreas permanentes.

— É uma cultura que chega em um momento de grande discussão em relação ao Código Florestal. Devemos preservar nossas florestas e o bambu surge como alternativa para substituir a madeira em algumas aplicações. Em outras, funciona como excelente complementação à madeira. Essa é uma oportunidade até mesmo de ampliar o mercado e pensar em exportação — conclui o entrevistado.

Para mais informações, basta entrar em contato com a Embrapa Acre através do número (68) 3212-3200.


 

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Evandro Teleginski
23/10/2011 - 11:23
Ouvi falar que esta lei de incentivos se restringe a espÚcies nativas do Brasil. Seria uma pena deixar de fora as incrÝveis espÚcies asißticas (Dendrocalamus giganteus - que estß na foto divulgaþÒo - Bambusa vulgaris, etc.) e sul americanas como o Guadua angustifolia.
Cabe ressaltar que o Brasil possui in·meras espÚcies com potencial.
Conheþo duas espÚcies na regiÒo do Paranß. Uma Ú a taquara ou crici·ma (gÛnero Chusquea0, cujas fibras sÒo utilizadas atÚ hoje na confecþÒo de cestos e balaios pelos indÝgenas da regiÒo. Outra Ú o taquaruþ·, uma espÚcie entouceirante com espinhos, cujas paredes dos colmos sÒo muito grossas e resistententes. O bambu, assim como a cana-de-aþ·car, sÒo gramÝneas arborescentes (famÝlia Poaceae) e sÒo do grupo das plantas C4, que possuem maior eficiÛncia fotossintÚtica.
As fibras do bambu estÒo entre 2 a 5mm, considerado de fibra longa, produz um papel de melhor resistÛncia se comparado ao eucalipto que possui fibras de 0,5mm.

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