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Pesquisa  
Estação Experimental de Urussanga comemora 70 anos de atividades
Pesquisas da EEU são sobre adubação verde, conservação de solo, forrageiras, cultivo orgânico, fruticultura, mandioca, palmáceas, recursos hídricos, cana-de-açúcar e seus derivados e apicultura
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Epagri
09/11/2012

A solenidade oficial de comemoração dos 70 anos da Estação, acontece nesta sexta-feira, 9 de novembro, às 11h, no Salão Paroquial de Urussanga. Diversos eventos ao longo do mês de novembro foram programados para comemorar a data como dias de campo, lançamento de publicações (livros, boletins técnicos, boletim didático e folders), palestras com especialistas de renome nacional, homenagens e outras atividades.

Criada para apoiar o desenvolvimento na atividade vinícola, a Estação Experimental de Urussanga (EEU) realiza importante trabalho de pesquisa em adubação verde, conservação de solo, forrageiras, cultivo orgânico, fruticultura, mandioca, palmáceas, recursos hídricos, cana-de-açúcar e seus derivados e apicultura. Vale lembrar que as pesquisas com a uva Goethe, iniciadas na década de 40 do século 20, culminaram com a conquista do primeiro registro de Identificação Geográfica (IG) de Santa Catarina neste ano.

“A nossa homenagem aos valorosos pesquisadores da EEU, é possibilitar melhores condições de trabalho e, nesta data comemorativa, estaremos entregando a ordem de serviço de revitalização dos laboratórios e 2 veículos de serviço, com investimento de mais de quinhentos mil reais”, informou o presidente da Epagri, Luiz Hessmann que prestigiará a solenidade junto com o governador em exercício, Eduardo Pinho Moreira, acompanhado do diretor de pesquisa da Empresa, Luiz Antonio Palladini e do gerente da EEU, Fernando Damian Preve Filho, que recepcionarão os convidados.
 
Histórico da EEU
A história da Estação Experimental de Urussanga inicia com a inauguração da Subestação de Enologia, em 8 de agosto de 1942, com o nome de Instituto de Fermentação de Urussanga, órgão vinculado ao Ministério da Agricultura, impulsionando o desenvolvimento da vitivinicultura na região. No auge das pesquisas com uva e vinho foram implantados experimentos com mais de 450 variedades de videiras, destacando-se a Goethe, cultivar americana que adaptou-se às condições de solo e clima e projetou a região produtora no cenário vinícola nacional.

O vinho da cultivar Goethe, de coloração amarelo-palha, com aroma inconfundível e lembrando frutas com frescor, era servido nas recepções diplomáticas no Palácio do Catete, no Rio de Janeiro, na época sede do Governo Federal e nas recepções oficiais do Copacabana Palace. Recentemente, este trabalho iniciado pela Subestação de Enologia, hoje, Estação Experimental de Urussanga, em parceria com a Universidade Federal de Santa Catarina, Associação Pró-Goethe e outras, culminou com a conquista do registro da Identificação Geográfica – IG do Vale das Uvas Goethe. São identificações que levam alguns produtos específicos, como o vinho da uva Goethe, que atestam a origem de determinado local, cujas condições geográficas sejam responsáveis por sua reputação, qualidade e/ou características. O Vale das Uvas Goethe que compreende a região de Urussanga, Pedras Grandes e municípios vizinhos, conquistou o registro da primeira IG em Santa Catarina e a terceira no Brasil.

Com a criação da Embrapa em 1974, esta unidade passou a ser denominada Estação Experimental de Urussanga – EEUR, sendo que no período de 1975 a 1990, esteve vinculada à Empresa Catarinense de Pesquisa Agropecuária – Empasc e, a partir de 1991, com a junção de várias empresas, passou a pertencer à Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina S.A. – Epagri. A sede da Estação Experimental, um casarão em estilo aristocrático da década de 40 do século 20, construída com blocos maciços de granito, unindo arte, arquitetura e cultura, está inserida no roteiro “Vinhos e Vinhedos” da região Sul Catarinense e faz parte do patrimônio histórico do município de Urussanga.

Pesquisas
Ao longo dos 70 anos de história, além de promover, especialmente, o desenvolvimento do espaço rural do Sul Catarinense, transformando a vida das famílias rurais e levando aos consumidores alimentos com mais qualidade em harmonia com o meio ambiente, a Estação Experimental de Urussanga, desenvolveu tecnologias que se destacaram em nível regional, estadual e no país. Desde 1950 a unidade se dedicou a pesquisas com variedades de arroz, sendo que em 1971, foi pioneira na instalação de experimentos com variedades de arroz irrigado de porte baixo. Nesta mesma época também foram iniciados trabalhos de pesquisa com mandioca.

Os trabalhos de pesquisa com arroz desenvolvidos no Sul, importante região produtora, contribuíram para o lançamento de várias cultivares de arroz irrigado, realizado pela Estação Experimental de Itajaí. Os resultados de pesquisa com mandioca, cultura de grande expressão econômica para a região e o Estado culminaram com o lançamento de duas cultivares de mandioca (Sangão e SCS-252 Jaguaruna), realizado pela Estação Experimental de Urussanga. Também foram iniciados diversos outros trabalhos de pesquisa com fruticultura (banana, fruteiras diversas, maracujá, pêssego e ameixa) hortaliças, recursos hídricos, pastagens, cana-de-açúcar e seus derivados, milho, feijão, adubos verdes, palmito e apicultura. Estas pesquisas resultaram no desenvolvimento de sistemas de produção orgânico para as principais hortaliças e lançamento das únicas cultivares de batata catarinense registradas para o cultivo orgânico (Epagri 361- Catucha e SCS 365 - Cota), redução dos custos de produção e menor uso de agrotóxicos em bananicultura através do monitoramento de doenças, seleção de materiais genéticos promissores de maracujá, pêssego, ameixa, palmito e aipim.

Além da geração e adaptação de tecnologias, a Estação produz e comercializa sementes e mudas de frutíferas, especialmente maracujá azedo, manivas de mandioca e aipim e, ainda presta importante serviço à comunidade tais como: análises de água, vinho, derivados da cana-de-açúcar e análises de insetos e doenças, coleta e divulgação de dados climáticos desde 1923 e previsão do tempo e outras atividades de difusão (cursos profissionalizantes, palestras, dias de campo e outros). Em 2012, quando completa 70 anos de atividades, a Estação Experimental de Urussanga focada, atualmente, nos programas de pesquisa em mandioca e fruticultura de clima temperado e tropical, continua promovendo o desenvolvimento socioeconômico, tecnológico, ambiental e cultural do Sul Catarinense que tem na agricultura familiar a base da economia regional. A região que compõe a Amrec (Criciúma), Amesc (Araranguá) e Amurel (Tubarão), com 45 municípios, é destaque na produção agropecuária com 27.300 estabelecimentos rurais, representando 13,4% da área de Santa Catarina.

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