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Agricultura Sustentável  
Hidrovias: prioridade para o Agro
Não basta todo o esforço dentro da porteira, aprimorando os processos de produção de vegetais e animais, e os avanços obtidos antes da porteira, com as inovações em produtos e processos
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José Otavio Menten
09/03/2013

O transporte hidroviário é vantajoso para distâncias acima de 400 km. É essencial para o transporte adequado de "commodities", comercializadas em grandes quantidades e com baixo valor agregado. A situação vivida pelo agro brasileiro é inadmissível. O frete rodoviário está afetando substancialmente o custo do produto agropecuário, reduzindo as nossas vantagens, prejudicando as pessoas e o ambiente!

A necessidade de investimentos em infraestrutura e logística é fundamental para o agro brasileiro continuar competitivo, contribuindo para o aumento do PIB e de melhoria na balança comercial. Não basta todo o esforço dentro da porteira, aprimorando os processos de produção de vegetais e animais, e os avanços obtidos antes da porteira, com as inovações em produtos e processos como insumos (sementes, fertilizantes, defensivos), máquinas e implementos, planejamento etc.

As imensas filas de caminhões com grãos para chegarem aos Portos de Paranaguá e Santos são a demonstração do atraso  vivido pelo agro. A produção agropecuária do Centro-Oeste, constituída de soja, milho, óleo vegetal, madeira, arroz, mandioca, etanol, açúcar etc. poderia estar sendo transportada por comboios hidroviários, cada um retirando mais de 170 caminhões com 30 toneladas das estradas. Isto significa menos acidentes nas rodovias, menos lançamento de poluentes no ambiente e menor custo. Isto é sustentabilidade, melhorando a economia, o ambiente e a saúde das pessoas. A nova legislação para os caminhoneiros vai aumentar ainda mais o custo do frete rodoviário.

O caso barragem de Santa Maria da Serra
Há mais de 20 anos se discute a construção da barragem em Santa Maria de Serra, para incluir a região de Piracicaba na Hidrovia Tiete-Paraná. Tudo indica que as obras vão começar no primeiro semestre de 2014. Esta barragem, com eclusa, vai possibilitar a navegação comercial até Artemis, em Piracicaba, com a construção de um Terminal Multimodal de Cargas, envolvendo o transporte ferroviário.

O Projeto Básico está sendo atualizado e o Projeto Executivo está em elaboração. Os recursos orçamentários, de cerca de 1,5 a 2,0 bilhões de reais, estão sendo providos pelos Governos do Estado de São Paulo e Federal. Serão 2.400 km de hidrovias, sendo 800 km no Estado de São Paulo. Há necessidade de eliminar gargalos como aumentar a profundidade dos rios, ampliar os vãos das pontes, construir atracadouros e definir as cargas de retorno, provavelmente diesel e gasolina, para o Centro-Oeste.

Além das obras de engenharia, há enorme trabalho ambiental, para mitigar os impactos na fauna e flora e compensar os prejuízos que venham a ocorrer e social, devidos as desapropriações devido a alteração do nível das águas. Os empreendedores devem arcar com estes custos. A previsão é de movimentar 18 milhões de toneladas em 2024, apenas no Terminal de Artemis. Vantagens adicionais serão a maior reserva de água, estabelecimento de polo industrial e turístico, geração de energia elétrica, oportunidades de vários negócios etc.

Este caso concreto, sendo exitoso, pode servir de exemplo/modelo para outros empreendimentos semelhantes em todo Brasil. O agro brasileiro atingirá um patamar compatível com as expectativas, se consolidando, ainda mais, como o celeiro do mundo, o maior provedor de alimentos saudáveis e energia limpa e renovável.

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CARLOS EDUARDO DE MAGALHÃES
28/11/2013 - 09:31
A 50 milhões o quilometro nada justifica nada.
(Óbvio que o escoamento via fluvial e ferroviário é FUNDAMENTAL)

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