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Nutrição Vegetal    
Nova tecnologia de coinoculação para soja e feijão
Tecnologia proporciona aumento de produtividade e sustentabilidade nos sistemas de produção das leguminosas
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Ascom Tecnoshow Comigo
08/04/2014

A Embrapa lançou nesta segunda-feira (7), após a abertura da Tecnoshow Comigo 2014, uma nova tecnologia de coinoculação da soja e do feijoeiro. A tecnologia proporciona aumento de produtividade e sustentabilidade nos sistemas de produção das duas culturas.

A nova tecnologia de coinoculação consiste em combinar uma prática já bem conhecida dos produtores - a inoculação das sementes com bactérias de Bradyrhizobium para a soja, ou Rhizobium para o feijoeiro- com a inoculação com Azospirillum, uma bactéria até então conhecida no Brasil por sua ação promotora de crescimento em gramíneas. A tecnologia já tem o primeiro produto registrado no Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento para essa finalidade, o Azototal Max.

Em mais de 50 anos, esta é a primeira vez que se recomenda um novo tipo de bactéria para as culturas da soja e do feijoeiro, que não sejam rizóbios. A coinoculação, em sintonia com a abordagem atual da agricultura, respeita as demandas de altos rendimentos, porém, com sustentabilidade agrícola, econômica, social e ambiental. Os estudos conduzidos a campo com o Azototal Max mostram que a coinoculação proporciona vários benefícios, entre eles aumento da área radicular da planta, o que possibilita maior aproveitamento dos fertilizantes e até mesmo favorecer as plantas em situações de estresse hídrico.

As pesquisas para desenvolvimento da tecnologia de coinoculação da soja e do feijoeiro iniciaram em 2009 e culminaram com a recomendação da coinoculação como nova tecnologia para os sistemas de produção dessas duas culturas.
 
Nos três primeiros anos foram conduzidos nove experimentos, em Londrina e em Ponta Grossa, PR. Os ensaios seguiram o protocolo do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) para avaliação de inoculantes e tecnologias de inoculação, necessários para obter o registro de produtos e tecnologias e, também, foram apresentados e aprovados em assembleia geral da RELARE (Reunião da Rede de Laboratórios para a Recomendação, Padronização e Difusão de Tecnologia de Inoculantes Microbianos de Interesse Agrícola), fórum específico de pesquisadores e indústrias da área de inoculantes.

A principal comparação foi entre dois tratamentos controle, o primeiro sem o uso de inoculante e o segundo com reinoculação anual com Bradyrhizobium para a soja e Rhizobium para o feijoeiro (práticas recomendada pela Embrapa) e o tratamento de coinoculação com rizóbios e Azospirillum. Os estudos confirmaram que a reinoculação anual da soja proporciona um incremento médio no rendimento de grãos de 8,4% em relação às áreas que não são inoculadas anualmente.

A surpresa veio do resultado da nova tecnologia: os ensaios de campo mostraram que, com a coinoculação, houve um incremento médio de 16,1% no rendimento da soja, em relação às áreas não inoculadas. No caso do feijoeiro, a reinoculação anual resultou em um incremento médio de 8,3%, em relação ao tratamento não inoculado, enquanto que a coinoculação com Azospirillum resultou em um incremento adicional de 14,7%. Ainda com o feijoeiro, em relação ao controle não inoculado, a coinoculação de Rhizobium e Azospirillum resultou em um incremento de 19,6%, em relação às áreas não inoculadas (veja mais informações no quadro abaixo).

Apenas a fixação biológica do nitrogênio na soja já é responsável por uma economia estimada em mais de R$ 20 bilhões de reais por ano, que deixam de ser gastos com a compra de fertilizantes nitrogenados. Com o lançamento da coinoculação e considerando também a cultura do feijoeiro, a tendência é que estes números sejam ainda mais impressionantes.

Informações dos dados de pesquisa

Ganhos médios no rendimento de grãos de soja (média de 4 ensaios) e do feijoeiro (média de 5 ensaios) pela reinoculação anual das sementes com rizóbios e coinoculação no sulco com Azospirillum. Todos os ganhos foram estatisticamente significativos a 5%, em relação ao controle sem reinoculação. Fonte: Hungria et al., Biology and Fertility of Soils, 49:791–801, 2013.

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