O desempenho ambiental de propriedades rurais pode ser avaliado, corrigido e gerenciado por uma série de procedimentos de gestão ambiental, integrando-se as dimensões socioculturais, econômicas e ecológicas. O objetivo da gestão ambiental é ordenar as atividades de tal forma que haja o menor impacto negativo possível sobre o meio, o que exige a identificação das irregularidades ambientais, as escolhas das tecnologias mais adequadas a cada realidade para obter melhor desempenho produtivo e cumprir a legislação ambiental.
A gestão ambiental e a agricultura familiar são temas importantes contemplados em programas e projetos de pesquisa e na missão institucional da Embrapa. A Empresa busca atender demandas por avaliação ambiental (diagnósticos, identificação, dimensionamento, prognóstico) e por monitoramento ambiental, bem como promover a geração de conhecimento e tecnologias que assegurem a qualidade ambiental.
No segmento da agricultura familiar, a Embrapa tem trabalhado com a gestão ambiental, partindo dos diagnósticos que apontam a situação atual, segundo padrões de qualidade ambiental e de práticas de manejo, uso de recomendações para a correção de impactos negativos e promoção de impactos positivos em diferentes escalas, a fim de maximizar a eficiência produtiva, a conservação dos recursos naturais e a preservação ambiental. As ações são direcionadas não somente para uma abordagem corretiva, mas também para uma abordagem preventiva, onde haja integração entre o meio ambiente e o processo produtivo da propriedade agrícola.
O foco é incorporar o componente ambiental nas decisões da família, estimulando ações integradas, voltadas para a adequação ambiental e para a otimização das áreas de produção agrícola e florestal. A adequação ambiental das propriedades agrícolas se dá, portanto, como consequência de um programa integrado capaz de viabilizar a recuperação das áreas alteradas, a reversão dos processos erosivos, a proteção e conservação dos recursos hídricos, o manejo adequado dos cultivos agrícolas, estimulando o emprego de tecnologias adequadas, compatibilizando-as com a realidade socioeconômica, cultural e ambiental da comunidade.
A promoção dessas mudanças está estreitamente ligada à participação dos agricultores familiares no planejamento, na execução e avaliação das ações. Eles são os agentes das atividades que buscam aliar o uso dos recursos naturais à preservação do meio ambiente. São, dessa forma, sujeitos fundamentais para a gestão ambiental de suas propriedades agrícolas e para a consolidação do desenvolvimento de tecnologias sustentáveis.
Artigo originalmente publicado em 4/6/2014
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