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Agricultura Orgânica      
Produção de flores tropicais em Minas Gerais
Pesquisas contribuem na certificação de flores orgânicas
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Samantha Mapa, Epamig
24/06/2014

Estudos desenvolvidos pela Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (EPAMIG) contribuem na certificação de flores tropicais em Minas, primeiro estado a atestar produção orgânica. A Fazenda Flor de Corte, localizada em Jaboticatubas, região Central, foi a primeira propriedade do país a receber esta certificação.

A certificação, concedida em abril deste ano pelo Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA), considera como principal característica da produção orgânica, a ausência de resíduos de agrotóxicos, adubos químicos ou substâncias sintéticas que agridam o meio ambiente e a saúde do consumidor. Para Valdeci Verdelho, proprietário da Agrofloraverde, produzir flores orgânicas é uma forma de valorizar atitudes em benefício do planeta. "Não utilizamos adubos químicos, nem agrotóxicos. A nutrição das plantas é feita por meio de adubação verde, compostagem e outros ingredientes naturais permitidos pela legislação de orgânicos no Brasil. No controle de pragas e doenças o manejo é feito utilizando técnicas de prevenção e produtos permitidos no cultivo orgânico", diz.

Uso de armadilha adesiva amarela para monitoramento de pragas

Ele conta que conheceu estudos desenvolvidos no Núcleo Tecnológico EPAMIG Floricultura, em São João del-Rei em 2011 e a partir dessas informações decidiu enveredar-se no cultivo de flores orgânicas. "Em 2012 começamos a plantar flores tropicais e folhagens e agora estamos desenvolvendo o projeto para orquídeas, que pretendemos cultivar a partir do próximo ano", comemora.

De acordo com a pesquisadora da EPAMIG Lívia Carvalho o sucesso do manejo de pragas no cultivo de flores tropicais depende da correta identificação das pragas presentes na área e do uso de diferentes estratégias de controle visando reduzir o impacto negativo causado pelas mesmas. Ela explica que é necessário fazer monitoramento semanalmente para a identificação precoce de pragas e doenças. "Pragas como pulgões e moscas-brancas podem ser monitoradas através da utilização de armadilhas adesivas amarelas que devem ser colocadas uma em cada 200m2 na altura do topo da planta e em áreas de risco maior de infestação, como bordas dos cultivos, próximos a entrada ou nas aberturas de ventilação das casas de vegetação", explica.

Ela afirma que o controle alternativo pode ser feito por meio de podas e destruição de partes mais afetadas da planta. Outra alternativa apontada pela pesquisadora é o uso de embalagens de TNT para proteger as flores do ataque de pragas como a abelha irapuá. "Recomenda-se proteger as flores logo que estejam formadas, antes do início da abertura floral e antes que ocorra o ataque da abelha. A embalagem deve ser colocada cobrindo toda a flor e prendendo a parte inferior com grampo ou arame, para que a mesma não se solte da haste das flores", recomenda.

Flores em Minas
Minas Gerais destaca-se como grande produtor de flores de corte, plantas ornamentais e flores secas. De acordo com a pesquisadora da EPAMIG Elka Fabiana a produção integrada de flores é uma opção inovadora que proporciona benefícios a curto e longo prazos para os produtores, consumidores e principalmente para o ambiente. "Além dos aspectos inerentes à redução de adubos químicos, a produção integrada envolve a organização da propriedade, o que possibilita a rastreabilidade das flores e plantas cultivadas e abre novas oportunidades de vendas e novos mercados ainda inexplorados, principalmente no mercado externo que valoriza as flores tropicais", afirma. Segundo a pesquisadora flores contaminadas com pesticidas químicos, mesmo não sendo ingeridas, podem ser prejudiciais à saúde. "O contato com a pele pode ser uma via de contaminação dos funcionários de campo, dos lojistas que preparam os buquês e arranjos e do consumidor final", orienta.

As flores tropicais constituem um grupo de espécies mais resistentes a pragas e doenças e muitas delas nativas do Brasil, o que favorece o desenvolvimento e a produção de qualidade com práticas menos agressivas ao homem e ao ambiente quando comparado com espécies exóticas como rosas, lírios, crisântemos e outras espécies de clima temperado que, por não serem nativas, apresentam maior suscetibilidade aos agentes fitopatogênicos.

Foram implantadas em propriedade de agricultores familiares Unidades Demonstrativas, no município de Prados, utilizando técnicas sustentáveis para cultivo de rosas, copo-de-leite e bastão do imperador e no Instituto Federal de Educação, Ciências e Tecnologia, no município de Machado, o cultivo de rosas. "São vitrines tecnológicas com o intuito de demonstrar aos produtores, técnicos e estudantes que é possível produzir flores de qualidade de forma ecologicamente correta", completa Elka.

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