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Manejo é arma contra doenças e pragas na cultura do feijão
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Iapar
28/07/2014

Ameaças importantes às lavouras em todas as regiões do País, doenças e pragas tiveram espaço para debates em vários painéis durante do 11º Congresso Nacional de Pesquisa de Feijão, realizado na semana passada em Londrina (PR). Pesquisadores de diversas instituições, inclusive do exterior, contribuíram na discussão sobre o mofo branco, mosca branca e mosaico dourado, a lagarta helicoverpa, além de informações sobre manejo de herbicidas e fitotoxidade na cultura.

O pesquisador Luis del Rio, da Universidade de North Dakota, nos Estados Unidos, chamou a atenção para o mofo branco, doença que afeta lavouras de feijão no estado americano, maior produtor nacional, e provoca perdas que podem chegar a vários milhões de dólares. “A doença é o problema mais grave da cultura nos EUA e exige a atenção da pesquisa e de produtores”, afirma.

Segundo o pesquisador o uso de fungicidas é um dos itens de maior custo no enfrentamento da doença – até US$ 30 por hectare. Por isso, enumera algumas práticas que podem minimizar os prejuízos. Em primeiro lugar, recomenda a rotação de culturas não hospedeiras, como trigo, cevada e milho (no caso dos Estados Unidos). “O produtor deve estar atento quanto ao uso correto de fungicidas e utilizar materiais resistentes”, afirma.

O clima é um dos fatores que favorecem o surgimento do mofo branco, segundo Rio, e é endêmico nos Estados Unidos, ocorrendo nas lavouras de soja, girassol, canola e batata. “A temperatura em torno de 20 graus Celsius favorece a ocorrência. A condição se agrava se houver oscilação da temperatura e água nas folhas das plantas”, diz.

Helicoverpa armígera
Um programa de manejo integrado é a principal ferramenta dos produtores para o enfrentamento da Helicoverpa armígera, lagarta que ameaça culturas do algodão, soja e feijão no Brasil desde 2012.

Segundo o pesquisador Geraldo Papa, da UNESP, a praga já causou prejuízos da ordem de R$ 5 bilhões – R$ 2 bilhões só no primeiro ano – principalmente no algodão.

A Helicoverpasurgiu no Brasil em 2012 e foi identificada no ano seguinte. Até então só não ocorria nas Américas, segundo Papa. Hoje a principal incidência é no oeste da Bahia e região do Cerrado.

De acordo com o pesquisador, a lagarta é polífaga, se alimenta de folhas de diversas espécies. “Ela (lagarta) tem alto poder de dano porque atinge a estrutura reprodutiva da planta. Em vez de comer a folha, prefere o grão, que é justamente o lucro do produtor”, explica.

A recomendação de Papa é o monitoramento constante da lavoura, com o controle nos primeiros estágios da lagarta. O controle químico deve ser feito em doses adequadas e com produtos seletivos e registrados nos órgãos reguladores.

Herbicidas
Atenção ao manejo é também recomendação da pesquisa para solucionar problemas da resistência das invasoras aos herbicidas. O tema foi tratado durante o Conafe por Pedro Jacob Christofoletti, professor da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq), especialista no manejo de plantas daninhas. Ele também falou sobre a fitotoxidade na cultura.

A diversificação do manejo pode ser arma contra a resistência. Segundo o pesquisador, atualmente ervas como buva, capim amargoso e capim branco são resistentes ao glifosato. A recomendação, quando há a ocorrência dessas invasoras, segundo a pesquisa, é associar o glifosato a outros herbicidas residuais. O produtor também deve seguir as recomendações quanto à época e dosagens de herbicidas na lavoura para evitar prejuízos com outras plantas daninhas.

As tecnologias de cultivo disponíveis são aliadas do produtor. A rotação de culturas e consorciação são ferramentas elencadas pelos pesquisadores para o enfrentamento dessa questão, primordial para a viabilidade da cultura. “As ervas daninhas podem causar perdas de produtividade de 50%, se não houver controle nenhum. Em sistemas extensivos, o controle das plantas daninhas representa de 20% a 25% do custo de produção”, afirma.

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