dia de campo

a
Esqueceu a senha?
Quero me cadastrar
     26/04/2024            
 
 
    
Sanidade vegetal      
Integração de ferramentas é saída contra ferrugem
Comente esta notícia Envie a um amigo Aponte Erros Imprimir  
Aprosoja
26/11/2014

A combinação de ferramentas para combater a ferrugem asiática, doença que ataca as lavouras de soja em Mato Grosso há mais de dez anos, é a prática recomendada por estudiosos especialistas no assunto. O uso de fungicidas com alternância dos produtos e na forma de ação, associado à adoção de um vazio sanitário consciente, que não prejudique o tempo necessário ao produtor, é uma das medidas defendidas. A conclusão veio à tona durante o Fórum Soja Brasil, em Primavera do Leste, evento que reuniu mais de 200 pessoas na noite desta segunda-feira e foi transmitido ao vivo pelo Canal Rural e pela Internet.

“Não podemos mais contar apenas com esta ferramenta”, referiu-se às três qualidades de fungicidas – DMI associada ao Qol, DMI e Qol –, regularmente utilizadas contra a praga nas fazendas do Estado, o pesquisador da Embrapa Soja, Maurício Meyer, durante a participação no programa de TV. Ele deixou explícito ao público que o fungo que provoca a ferrugem tem alcançado mutações em função do uso indiscriminado dos produtos há muito tempo.

“Também não podemos fazer superdosagem dos produtos. Temos que usar nas doses e nos intervalos recomendados pelos fabricantes, justamente para não haver seleção dos resistentes (fungos)”, reforçou. A ideia foi ainda mais enfatizada pelo fitopatologista da OR Melhoramentos de Sementes, Erlei Melo Reis. “Quantos aqui tomam vacina e antibiótico toda semana?”, provocou. “Controle econômico só acontece quando há controle de eficiência acima de 80%. Nós temos em torno de 38%, isso não é eficiência. E a atual situação de mutação vem do uso indiscriminado dos mesmos produtos”. Estima-se que o custo trazido para o combate e com os prejuízos com a ferrugem no Brasil é de R$ 4 milhões.

O pesquisador referência em ferrugem asiática em Mato Grosso, conhecido como um dos idealizadores do vazio sanitário, José Tadashi, lembrou a necessidade de fazer o uso de fungicida como prevenção. “A essência do produto aplicado como preventivo, mesmo que já esteja no começo da lavoura, entra em tempo de controlar a ferrugem. Mas também é preciso rever a safrinha. Para que fazer safrinha se o risco é extremamente grande? Está proibido antecipar a soja para salvar semente”, determinou aos produtores presentes no evento.

Os representantes do governo que participaram do fórum, Wanderlei Dias Guerra, fiscal do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), e Rogaciano Arruda, fiscal de sanidade animal do Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso, defenderam a manutenção, por tempo estendido, do vazio sanitário. O período estabelecido para o próximo ano – de 1º de maio a 15 de setembro, mais de 40 dias superior ao normalmente praticado – ganhou a insatisfação dos produtores, em virtude do plantio da safrinha.

“Até a soja guaxa está tendo ferrugem. Precisamos saber, e estamos estudando, qual é a origem desta ferrugem. Temo que seja aquela que já ficou resistente a todas as aplicações de fungicida da safra normal e da safrinha”, comentou o fiscal do Mapa. “O vazio sanitário só deu certo até hoje, nesses oito anos, porque teve a adesão dos produtores. Essa é nossa ferramenta, que vai nos ajudar no problema da ferrugem”, insistiu Arruda.

Campanha
Todas as ponderações dos painelistas do evento vão exatamente ao encontro da próxima campanha da Associação de Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT) anunciada pelo presidente da entidade, Ricardo Tomczyk, enquanto mediava o fórum. Com o slogan “A ferrugem asiática não perdoa. Use fungicida com diferentes modos de ação”, a Aprosoja-MT quer fazer com que o produtor se fortaleça para garantir a diminuição dos riscos e a manutenção da cultura. “Nossa atividade se faz com amor, mas não podemos esquecer que se trata de um negócio. Temos que tirar um pouco da paixão, olhar para os números e contar com as ferramentas para garantirmos o futuro”.

Seo Tadashi, como é chamado pelos produtores o garoto-propaganda da campanha, reforçou a ideia: “calculo uma perda de US$ 25 bilhões com a ferrugem asiática. É muito alto! Temos que ter um pouco mais de patriotismo. Com as perdas de soja é gente que perde o emprego, é comércio que fecha as portas. Temos que fazer aquilo que nos compete e pensando na comunidade, pensando no outro”.

O evento Soja Brasil é uma realização da Aprosoja Brasil e do Canal Rural e ainda tem a Aprosoja-MT como uma das entidades parceiras. Após o evento de Primavera, a Caravana Soja Brasil ainda vai percorrer cidades produtoras de Mato Grosso até o dia 7 de dezembro, para levar palestras e informações aos produtores. Informações no site: www.sojabrasil.com.br.

Aviso Legal
Para fins comerciais e/ou profissionais, em sendo citados os devidos créditos de autoria do material e do Jornal Dia de Campo como fonte original, com remissão para o site do veículo: www.diadecampo.com.br, não há objeção à reprodução total ou parcial de nossos conteúdos em qualquer tipo de mídia. A não observância integral desses critérios, todavia, implica na violação de direitos autorais, conforme Lei Nº 9610, de 19 de fevereiro de 1998, incorrendo em danos morais aos autores.
Ainda não existem comentários para esta matéria.
Para comentar
esta matéria
clique aqui
sem comentários

Conteúdos Relacionados à: Notícia
Palavras-chave

 
11/03/2019
Expodireto Cotrijal 2019
Não-Me-Toque - RS
08/04/2019
Tecnoshow Comigo 2019
Rio Verde - GO
09/04/2019
Simpósio Nacional da Agricultura Digital
Piracicaba - SP
29/04/2019
Agrishow 2019
Ribeirão Preto - SP
14/05/2019
AgroBrasília - Feira Internacional dos Cerrados
Brasília - DF
15/05/2019
Expocafé 2019
Três Pontas - MG
16/07/2019
Minas Láctea 2019
Juiz de Fora


 
 
Palavra-chave
Busca Avançada