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Espectroscopia NIR aplicada à análise de solos foi tema de debate em workshop nacional
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Carlos Dias, Embrapa Solos
12/12/2014

No mês de novembro a Embrapa Solos (Rio de Janeiro-RJ) recebeu o primeiro Workshop que abordou aplicações da espectroscopia NIR e quimiometria em análise de solos.

A espectroscopia na região do infravermelho próximo (do inglês Near Infrared Spectroscopy - NIR) é considerada uma das técnicas analíticas modernas mais promissoras para análise de solos. O NIR tem a vantagem de ser um método rápido, mais preciso, não destrutivo e "limpo" em relação aos métodos tradicionais. Segundo o pesquisador da Embrapa Solos Maurício Rizzato Coelho essas vantagens a tornam uma ferramenta essencial, a fim de suprir a demanda de milhões de análises de solos para atender pesquisas e serviços em temas como agricultura de precisão, levantamento e mapeamento digital de solos, zoneamentos agrícolas e fixação e estoque de carbono para o Plano ABC (Agricultura de Baixa Emissão de Carbono).

Para o coordenador do evento, André Marcelo de Souza, analista da Embrapa Solos, o Workshop reuniu importantes pesquisadores brasileiros em espectroscopia NIR e quimiometria, possibilitando avaliar o estado da arte das duas técnicas e seu potencial como métodos inovadores de rotina na análise de solo em substituição aos tradicionais. No entanto, uma importante limitação da espectroscopia NIR é a dependência de tratamentos sofisticados dos dados por meio da Quimiometria.

A Quimiometria envolve a aplicação de métodos matemáticos, estatísticos e computacionais para planejar, investigar e fazer previsão de conjuntos de dados de interesse químico. Segundo o professor Ronei Jesus Poppi da Unicamp, um dos palestrantes, esta definição é um pouco ríspida e "pode assustar" os potenciais novos usuários. Uma definição mais prática seria o emprego de análise multivariada em dados de origem química. Ronei também salienta que há poucos profissionais no Brasil que dominam a técnica. "Daí a importância do Workshop: buscamos debater, divulgar e direcionar trabalhos futuros entre os pesquisadores e usuários da espectroscopia NIR, visando sua inserção na análise de rotina de solos no Brasil", conta André Marcelo.

As pesquisas direcionadas ao uso da espectroscopia NIR na agricultura como técnica inovadora e a necessidade de capacitação de profissionais em quimiometria são temas de interesse estratégico da Embrapa, alinhados à sua visão futura para os próximos 20 anos de gestão de pesquisa. Atualmente existem dois projetos de capacitação em Espectroscopia NIR e Quimiometria na Empresa. O primeiro é a Rede Embrapa em Espectroscopia NIR, coordenado pela pesquisadora da Embrapa Milho e Sorgo (Sete Lagoas-MG) Maria Lúcia Ferreira Simeone; o outro é o projeto "Capacitação em Quimiometria na avaliação simultânea de vários atributos do solo", coordenado pelo próprio André Marcelo. "O investimento da Embrapa nos temas espectroscopia e quimiometria alinha a Empresa ao que se tem de mais moderno em pesquisas internacionais em métodos analíticos aplicados a análise de solos e de matrizes de interesse agrícola", confirma o cientista.

Nove palestrantes de diferentes instituições (Unicamp, UFMG e UTFPR) e 45 inscritos participaram do Workshop, incluindo estudantes de graduação e pós-graduação, profissionais e pesquisadores de diversas instituições de ensino e pesquisa do setor público e privado. Apesar do foco do evento ter sido a aplicação da espectroscopia NIR e da quimiometria em análise de solos, o público presente foi diversificado. Participaram, por exemplo, profissionais de empresas de biotecnologia interessados em informações sobre a implantação dessas técnicas na área de produção de biocombustíveis e vacinas. "Este fato nos deixou bastante satisfeitos e empolgados, pois o evento chamou a atenção de outros setores onde a Espectroscopia NIR e a Quimiometria possuem enorme potencial de aplicação, demonstrando a enorme versatilidade destas técnicas", afirma o coordenador do evento.

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