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A mamona é usada na fabricação de uma grande quantidade de produtos, mais de 400, que variam entre tintas, cosméticos, plásticos e diversos outros. Quando citada, a planta é muito lembrada por sua presença em produtos de beleza, mas sua principal e mais importante contribuição, vai para o setor de combustíveis, que conta com o óleo da mamona para a produção de biodiesel. Menos poluente, ele tem como matéria prima alguns óleos vegetais, entre os quais a palma (dendê), soja, canola, girassol, amendoim, algodão e a mamona. Este último, embora ainda não esteja nos gráficos dos óleos que mais contribuem com a produção do biodiesel, tem registrado crescimento como matéria prima desse combustível renovável.
De acordo com a FAO - Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura, no ano de 2014 o Brasil produziu 20 mil toneladas de mamona, número que coloca o país no terceiro lugar do ranking mundial de maiores cultivadores da oleaginosa, ficando atrás apenas da Índia, responsável por 1,6 milhão de toneladas, e da China e Moçambique, ambos com 60 mil.
Apesar do número da produção brasileira ter caído bastante, quando comparado a 2008, por exemplo, ano em que o cultivo atingiu cerca de 120 mil toneladas, a mudança no clima foi o fator que mais contribuiu para a elevação do número da cultura.
“Nos últimos anos teve uma seca muito grande, que fez com que os números de produção caíssem bastante. Como neste ano o clima está melhor, há a estimativa de aumento de 138% da produção. No entanto, não é um crescimento, mas uma recuperação”, explica Leandro Menegon Corder, analista de mercado da CONAB.
Como a Bahia é responsável por 80% da produção da oleaginosa no país, a precaução com o clima concentra-se nesse estado e, embora as expectativas sejam boas, a meteorologista Bianca Lobo, da Climatempo, alerta que maio já é um mês de seca na região: “Não há previsão de chuva pelo menos para os próximos 15 dias. A chuva mais significativa só deverá retornar a partir de outubro”, diz.
Além disso, a meteorologista lembra que estarmos em influência de El Niño e, portanto “a tendência é de que a próxima temporada chuvosa se encerre com acumulados abaixo do normal”, o que exige cuidado e maior atenção dos produtores, visto que a mamona se desenvolve melhor em épocas de chuva, e em temperaturas entre 20ºC e 30ºC.
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