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Empresa Estadual de Pesquisa Agropecuária da Paraíba - Emepa
16/02/2017
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A Empresa Estadual de Pesquisa Agropecuária (Emepa) está desenvolvendo o projeto de produção de mudas de fruta pitaya, como mais uma fonte de renda para os agricultores familiares e alternativa sustentável nas regiões onde inicialmente serão cultivadas.
A proposta do Governo do Estado, por meio da Gestão Unificada Emepa/Interpa/Emater, vinculada à Sedap, é iniciar experimentos em unidades do Projeto Ecoprodutivo localizadas em regiões com aspectos climáticos diferentes. Inicialmente serão atendidas com unidades demonstrativas as comunidades de Mato Grosso dos Paulinos, no município de Picui no Curimataú, Quilombola Pitombeira no município de Várzea, no Sertão e, também, Quilombola Bonfim, em Areia, na região do Brejo.
Pitaya é um cacto nativo da América Central e do México, com grande potencial para ser cultivado no Brasil e tem perspectiva de alcançar preços promissores no mercado. Nos supermercados paraibanos é uma fruta comercializada ainda em pequena escala devido a falta de produção, mas nos grandes centros urbanas, como São Paulo, é um produto bastante procurado.
Esta fruta tem sua maior produção centralizada no centro-sul do país, mas agora surge como uma oportunidade para os agricultores familiares paraibanos. Os trabalhos de pesquisa e acompanhamento da produção serão realizados pela equipe de pesquisadores da Emepa na Estação Experimental Cientista José Irineu Cabral, em João Pessoa, tendo à frente dos trabalhos Ivonete Berto Menino e Sebastião de Oliveira Pereira, da Emepa e José Marinho de Lima, da Emater, com acompanhamento do chefe da unidade de pesquisa Daniel Benitz.
As mudas serão multiplicadas a partir de estaquias fornecidas pelo Sr. Amâncio Ferreira de Lima, fuzileiro naval aposentado, que cultiva essa cactácea em espaço no quintal de sua residência há dois anos e seis meses, depois que importou as espécies da cidade de Turvo, em Santa Catarina. Na Emepa serão trabalhadas as espécies de pitaya vermelha com polpa branca, a vermelha com polpa vermelha, amarela com polpa branca e também a pitaya-do-cerrado, que se encontra em regiões do Brasil.
Amâncio Ferreira, residente no Bairro de Tambauzinho, em João Pessoa, informou que são necessários investimentos que poderão ser retirados do próprio sítio, mourões de madeira tratada para a sustentação das brotações produtivas.
As primeiras produções acontecem aos oito meses após o plantio, sendo entre setembro a março o período de maior produção, obtendo-se de cinco a dez frutos por pé. A segunda floração chega a uma média cinquenta frutos, devendo duplicar a partir da terceira. Rico em vitamina C, cálcio, ferro, fósforo e potássio, os frutos pesam em média de 200 a 500 gramas, apresentam sabor adocicado e suave, rica em vitaminas, rica em fibras, com excelentes qualidades digestivas e de baixo teor calórico, além de outras propriedades nutricionais, podendo ser consumido in natura.
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