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Kamila Pitombeira
02/03/2011
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Em épocas de estiagens, a lavoura sofre com a falta de água e nutrientes essenciais para a sobrevivência das plantas. Como alternativa, agricultores do Rio Grande do Sul apresentam o plantio direto, técnica que visa o plantio sem o revolvimento do solo. Mas, de acordo com Marcelo Pilon, analista e agrônomo da Embrapa Pecuária Sul, é preciso respeitar algumas regras.
– Deve-se usar máquinas adequadas, que fazem o corte da palhada e do solo, e realizar o manejo dessa palhada com dissecação de bastante tempo, para que ela possa morrer e o plantio seja feito com sucesso, sem plantas invasoras competindo – orienta.
Para o analista, o sistema é conservacionista, por isso, traz uma série de benefícios. No caso de estiagem, por exemplo, a palhada funciona como um confortante térmico para a planta, garantindo que ela se mantenha em uma temperatura abaixo do excedente que ocorre no verão. Além disso, a palhada ajuda no armazenamento de água no solo, reduzindo ainda mais os impactos da estiagem.
– O primeiro resultado que se vê é a questão da sustentabilidade. Onde não era mais possível produzir alimentos, tanto na forma direta quanto indireta, por problemas de erosões e de perda de nutrientes, o plantio direto trouxe essa grande vantagem para os produtores. Portanto, a grande diferença é a sustentabilidade, a longevidade desse sistema – diz Marcelo.
Em segundo lugar, segundo o agrônomo, tem-se a questão econômica. O produtor desembolsa menos dinheiro ao optar pelo sistema de plantio direto, já que todo o processo de aração, gradagem e operações do solo, necessárias à semeadura em uma nova cultura ou nova espécie forrageira, passam a ser dispensáveis. Ainda de acordo com o analista, essa técnica não se restringe a determinadas regiões.
– O plantio direto pode ser usado no Brasil inteiro, tanto na agricultura, quanto na pecuária, tanto na rotação com lavoura pecuária, quanto em renovação de pastos. Além disso, é ambientalmente correto.
Para mais informações sobre o plantio direto, basta entrar em contato com a Embrapa Pecuária Sul através do número (53) 3240-4660.
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