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Kamila Pitombeira
03/03/2011
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Novo distúrbio fisiológico da soja, a Soja Louca II vem deixando os produtores da região dos chapadões preocupados com uma possível queda de produtividade. A palestra “Soja Louca 2, Mais um Desafio em Nossas Lavouras”, que acontece no evento Tecnoagro, apresentadado pela Fundação Chapadão, nos dias 2 e 3 março, no Chapadão do Sul, Mato Grosso do Sul, aborda o tema.
– A Soja Louca II é um distúrbio que promove uma maturação desuniforme nas plantas de soja, promovendo a queda de qualidade e de produtividade – afirma o engenheiro agrônomo José Roberto Pavezi.
Ele explica que não se tem certeza da causa até o momento. Mas os pesquisadores já podem afirmar que o fenômeno está associado às coberturas mortas, algumas gramíneas, que antecedem a cultura da soja no inverno.
– Há dois anos, já temos uma suspeita de que seja um ácaro, da ordem dos Oribatídeos. A pesquisa ainda não afirma, mas existe a possibilidade. Já existe um consenso a respeito da cobertura, ou seja, a palha que antecedeu a cultura da soja – diz o engenheiro.
Já em relação aos procedimentos contra a manifestação da Soja Louca II, Pavezi afirma que nenhuma pesquisa foi concluída. Por outro lado, o engenheiro diz que algumas fazendas adotaram cuidados com o manejo da cobertura de palha.
– Em algumas coberturas, pode-se diminuir o intervalo da formação de palha para formar uma palha mais leve. Além disso, deve-se evitar que ocorra uma formação muito espessa de palha de plantas daninhas. Seria mais o manejo de cobertura mesmo, que anteceda a cultura da soja.
Muitos produtores da região dos chapadões perguntam se há muita ocorrência dos problemas, segundo José Roberto, que afirma ainda ser maior essa ocorrência na região norte, onde se vê muitas plantas com sintomas parecidos no meio da lavoura.
– Nós encontramos plantas com sintomas semelhantes aos que ocorrem no Mato Grosso, norte do Mato Grosso, Tocantins, regiões mais baixas, Maranhão e até mesmo o Pará. Existem plantas com sintomas parecidos, mas se a causa é a mesma, ainda não sabemos – diz.
Pavezi explica ainda que, nessa safra, o inverno foi seco. Portanto, as coberturas de inverno ou mesmo as plantas daninhas não encontraram possibilidade de formar um volume grande de palha.
– A intensidade do problema foi menor que a do ano passado. Ele existe, mas em uma intensidade bem menor. Portanto, não está comprometendo tanto a produtividade como no ano passado – conclui.
Para mais informações basta entrar em contato com a Fundação Chapadão através do número (67) 3562-2032.
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