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Kamila Pitombeira
14/10/2011
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Um novo projeto de silo secador, feito de alvenaria, foi construído a partir de um projeto da Emater-RS e apresentado na Fafec 2011, que aconteceu entre os dias 5 e 9 de outubro, no Parque de Exposição Dorval Ribeiro, em Camaquã (RS). O silo, que apresenta economia entre 20% e 30% na hora da construção, promete melhorar a qualidade dos grãos, diminuir a agressão ao meio ambiente e aumentar entre 25% e 30% o desempenho animal a partir dos grãos produzidos nas propriedades. Segundo Marcio Luiz Dalben, assistente técnico regional do escritório regional da Emater de Porto Alegre na divisão de agroindústria, o projeto tem o objetivo de disponibilizar aos pequenos produtores, principalmente do Rio Grande do Sul, a possibilidade de conservação dos grãos com baixo custo relativo. Estima-se que as perdas de grãos dentro das propriedades rurais, durante o processo de conservação, também giram em torno de 20% a 30%.
— O silo é voltado, principalmente, para agricultores de pequeno porte e funciona com ar natural, ou seja, o próprio silo, em função do dimensionamento do ventilador e do motor que o aciona, faz com que a quantidade de ar faça a secagem dos grãos, mantendo assim a qualidade — explica.
Em função de utilizar exclusivamente o ar natural, Dalben diz que o projeto não agride o meio ambiente com a produção de fumaça, o que existe nos secadores que usam lenha como energia para aquecimento do ar. Portanto, ele seria ecologicamente recomendável contar com uma conservação de energia para esse trabalho.
— Todos os materiais para a construção do silo são materiais que costumam ser encontrados junto aos pequenos municípios. Isso porque eles são de alvenaria. Portanto, são utilizados tijolos, cimento, areia, um pouco de cal e ferragem. Além disso, o próprio produtor que possui um pouco de prática no manuseio da construção pode construir o silo — conta o assistente.
De acordo com ele, é possível conseguir ainda aumento entre 25% e 30% do desempenho animal dentro das propriedades a partir dos grãos obtidos nesse processo de secagem. Isso porque a técnica evita, por exemplo, a produção de milho que seria depositada dentro de um galpão normal com problemas de umidade e fungos, o que poderia desencadear menor desempenho de ganho de peso, de produção de leite e de saúde animal. Já o custo de construção, também é atrativo.
— Pelos cálculos que tínhamos levantado há algum tempo, o custo de construção do silo seria entre 20% e 30% menor. Hoje, um secador de alvenaria com capacidade para 100 sacos, custa em torno de R$4 mil. Já os silos com capacidade para 1000 sacos, giram em torno de R$14 mil — afirma.
Dalben explica que a Emater está finalizando as questões legais do projeto, que deve ser disponibilizado dentro de um mês através dos escritórios municipais para o Estado do Rio Grande do Sul. Já os demais estados, poderão ter acesso ao projeto do silo através do escritório central da empresa.
Para mais informações, basta entrar em contato com a Emater-RS através do número (51) 2125-3144.
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