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     14/05/2024            
 
 
    

O trabalho “Classificação do risco de deriva para o planejamento das aplicações de produtos fitossanitários”, desenvolvido por uma equipe da Faculdade de Ciências Agronômicas da Unesp, foi premiado durante a quinta edição do Simpósio Internacional de Tecnologia de Aplicação de Agrotóxicos (V Sintag) realizado de 12 a 14 de setembro, no Centro de Eventos Pantanal, em Cuiabá/MT. 

 
A premiação aconteceu dentro da categoria “Melhores trabalhos sobre deriva na aplicação de agrotóxicos”, patrocinado pela empresa Dow Agrosciences, como forma de incentivar a sustentabilidade e a responsabilidade no uso dos produtos fitossanitários.
 
O trabalho da FCA foi o primeiro colocado entre 21 concorrentes e recebeu troféu e prêmio de R$ 5.000,00 (cinco mil reais). O pós-graduando Fernando Kassis Carvalho, primeiro autor do trabalho, foi convidado a apresentar o trabalho aos líderes da área de pesquisa da Dow Agrosciences. 
 
O trabalho
 
O objetivo do estudo foi desenvolver um sistema de classificação de técnicas de redução de deriva na aplicação de agrotóxicos. Deriva é a porção do agrotóxico aplicado que não atinge o alvo desejado, podendo se depositar em áreas vizinhas, com potencial de impacto no ambiente.
 
De maneira geral, as gotas finas geradas durante as pulverizações são mais sujeitas à deriva e podem ser carregadas a grandes distâncias. As pontas de pulverização são responsáveis por distribuir as gotas contendo os agrotóxicos nas lavouras. Os diferentes tipos de pontas e os componentes da calda aplicada (agrotóxicos, adjuvantes, etc.) interferem no potencial de deriva, podendo gerar pulverizações com maior ou menor potencial de danos ao ambiente. 
 
Um sistema de classificação de técnicas de redução de deriva, incluindo a análise do desempenho das pontas de pulverização e adjuvantes, pode auxiliar no processo de escolha das técnicas de aplicação mais adequadas para cada situação. “Apesar de existir uma quantidade muito grande de pontas de pulverização e adjuvantes no mercado, os consumidores destes produtos têm muitas dificuldades para a escolha na hora da compra, pois não existe no Brasil uma classificação dos produtos com relação à redução de risco de deriva”, explica Fernando Kassis Carvalho. “O acesso a essas informações evitaria que o agricultor adquirisse produtos que não cumprem as funções esperadas”.  
 
A partir dos testes feitos em um túnel de vento, os pesquisadores da FCA criaram uma escala que atribui estrelas a cada técnica de aplicação em função dos resultados obtidos. “Quanto maior a quantidade de estrelas que uma técnica recebe, maior a capacidade em reduzir deriva”, explica o professor Ulisses Antuniassi. “Como exemplo, uma técnica de redução de deriva classificada com três estrelas proporcionaria uma redução no risco de deriva maior do que 75% com relação a uma técnica de aplicação padrão”.
 
Essa classificação poderá, no futuro, ser impressa no rótulo ou bula do agrotóxico, servindo como base para a tomada de decisão sobre o tipo de técnica que deverá ser empregada para a aplicação deste agrotóxico. “Se uma aplicação vai ser feita mais próxima de uma área urbana ou de um curso d’água, a recomendação de rótulo do agrotóxico deverá indicar a necessidade de uso de uma técnica de três estrelas, e esta ressalva deverá constar da receita agronômica”, exemplifica o professor. 
 
Por outro lado, em áreas de menor risco (longe de áreas vizinhas com maior sensibilidade aos impactos causados pelos agrotóxicos) o uso de técnicas de uma ou duas estrelas poderia até ser aceitável.
 
Segundo o professor, o sistema de classificação vai além de transmitir ao produtor segurança na hora da escolher uma técnica de aplicação. “A classificação torna-se uma ferramenta para aumentar a sustentabilidade e a responsabilidade no uso de produtos fitossanitários”. 
 
Além de Fernando e do professor Ulisses Antuniassi, são autores do trabalho: Rodolfo Glauber Chechetto, Caroline Michels Vilela, Alisson Augusto Barbieri Mota, Anne Caroline Arruda e Silva e Rone Batista de Oliveira.
 
Ainda durante o Simpósio Internacional de Tecnologia de Aplicação de Agrotóxicos, na mesma categoria, outro trabalho da FCA teve destaque. “Avaliação da deriva em aplicações de herbicidas em canas-de-açucar”, de Caio Antonio Carbonari, Edivaldo Domingues Velini, Marcelo Boschiero e Weber Valério foi classificado em terceiro lugar.
 
 
 
 
 
 
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