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Adriane Bertoglio Rodrigues, Emater/RS-Ascar
14/04/2014
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Importante produtor de citros do Rio Grande do Sul, o Vale do Rio Pardo mantém o raleio das frutinhas verdes como a principal atividade nesta época. De acordo com o Informativo Conjuntural da Emater/RS-Acar, o raleio das frutinhas verdes é fundamental para dar qualidade às bergamotas. Como as variedades de bergamotas do grupo das comuns têm maturação escalonada, seu desenvolvimento também é diferente, e a sequência do raleio segue a da maturação, ou seja, das variedades Caí, Pareci e Montenegrina. Atualmente, o raleio da bergamota Caí está finalizado e o da variedade Pareci está pela metade. Já o raleio da Montenegrina é intensificado e atinge 30% das plantas na região.
O raleio significa a retirada de parte das frutas verdes no início do crescimento, permitindo um melhor desenvolvimento das frutas, atingindo um diâmetro maior e com melhor qualidade. A maior parte dos produtores de citros realiza uma poda junto com o raleio, abrindo a planta e permitindo a entrada de luz na copa.
Interessante destacar que as bergamotinhas verdes retiradas no raleio são comercializadas para indústrias localizadas no Vale do Caí, que extraem o óleo da casca, utilizado na indústria de perfumes, produtos de higiene e limpeza e por indústrias de alimentos e refrigerantes. O óleo essencial extraído da bergamota é um produto único no mundo, exclusivo da região do Vale do Caí.
O preço médio recebido pelos citricultores para a caixa de 25 kg de bergamotinha verde está em ascensão. Os citricultores recebiam em média R$ 5,20 no início do período de raleio e agora estão recebendo a média R$ 5,50. O preço pago neste ano está bem maior do que o preço pago na mesma época em 2013, que era de R$ 3,75. Um dos motivos da elevação do preço da bergamotinha verde é a entrada no mercado da Coofrutaf (Cooperativa dos Fruticultores da Agricultura Familiar), com abrangência no Vale do Taquari, que pelo terceiro ano está realizando o processamento da bergamotinha verde dos associados, pagando valores superiores aos das demais indústrias. O preço pago aos associados nesta safra pela Coofrutaf é de R$ 6,25 para a caixa de 25 kg. Além deste valor, os cooperados receberão um adicional conforme os valores apurados com a venda do óleo essencial.
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