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Kamila Pitombeira
02/03/2011
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Com o objetivo de alcançar a máxima produtividade da lavoura através de métodos que abrangem desde a semente até o cuidado com o solo, a palestra "Gestão tecnológica para máxima produtividade na cultura do milho", que aconteceu no evento Ma Shou Tao 2011, na Fazenda Boa Fé, município de Conquista, em Minas Gerais, nos dias 16 e 17 de fevereiro, reuniu informações importantes e orientou produtores de diversas regiões.
De acordo com o pesquisador da Embrapa Milho e Sorgo José Carlos Cruz, a semente é o insumo que mais influencia a produtividade do milho. Ela representa 50% da produtividade da lavoura. Os outros 50% são atribuídos ao manejo que a semente recebe e as condições da região onde a lavoura está localizada. Por isso, José Carlos diz que é preciso ter alguns cuidados na hora de escolher a semente.
– O primeiro deles é escolher uma semente produtiva e adaptada à sua região, além de analisar bem todas as informações fornecidas pela empresa sobre a semente. Além disso, considerando as cultivares de milho transgênicas e convencionais, nós temos cerca de 500 diferentes tipos de sementes no Brasil. Portanto, existem sementes adaptadas para qualquer região do país e para qualquer tipo de produtor, seja ele pequeno, médio ou grande – orienta.
Para o pesquisador, o solo é o patrimônio do produtor. Portanto, ele deve trabalhar sempre com manejo conservacionista de solo e água, utilizar o plantio direto e um adequado sistema de rotação de culturas. Além disso, a prática de análise do solo deve ser rotineira.
Já na questão do uso de fertilizantes, José Carlos afirma que nem sempre o uso de uma grande quantidade aumenta a produtividade. O recomendado é que o produtor verifique a quantidade de extrações de nutrientes que cada cultura faz.
– No caso do milho, um fertilizante que tem limitado a produtividade é o nitrogênio. Em média, o produtor precisa de um quilo de nitrogênio para cada saca produzida. Mas no caso do fósforo e do potássio, em algumas situações, o produtor poderia usar menos e teria a mesma produtividade – explica.
Já em relação ao controle de doenças, já existem alguns cultivares tolerantes. De acordo com Cruz, o produtor deve saber qual material plantou e quais as principais doenças que ocorrem na região. As pragas também foram um dos tópicos da palestra. Segundo o pesquisador, com a entrada dos alimentos transgênicos no mercado, a mudança no controle de pragas foi radical.
– Na safra 2010/2011, 58% de todas as sementes vendidas eram transgênicas. Esses transgênicos são tolerantes às lagartas, mas somente às lagartas. Isso não exclui a necessidade de realizar tratamento de sementes e monitorar constantemente a lavoura quanto às pragas, sempre atento à legislação.
Para mais informações sobre a gestão tecnológica das sementes de milho, basta entrar em contato com a Embrapa Milho e Sorgo através do número (31) 3027-1223.
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