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Kamila Pitombeira
09/12/2013
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Um dos grandes problemas relacionados aos nematóides é o fato de atacarem a raiz da planta, onde é mais difícil detectá-los. Para orientar os produtores sobre os tipos de nematóides da soja, milho e algodão, além de informações sobre prevenção e tratamento, a engenheira agrônoma Alexandra Botelho estará no stand do evento Tecnoagro, realizado pela Fundação Chapadão, dias 2 e 3 de março, no Chapadão do Sul, Mato Grosso do Sul.
A engenheira agrônoma explica que, para identificar os nematóides, é necessário fazer o monitoramento da lavoura, realizar a coleta das amostras, enviar para o laboratório, onde eles serão identificados e quantificados. A partir daí, o produtor pode tomar as medidas cabíveis. Sem esse procedimento, a identificação precoce se torna quase que impossível, já que o nematóide, por ficar no solo, ataca a raiz da planta. Quando os sintomas aparecem, ele já possui altos níveis populacionais.
– Ele ataca no sistema radicular e atrapalha a planta a absorver água e nutrientes, o que faz com que ela fique com sintoma de desnutrição, com as folhas amareladas, e isso diminui muito a produtividade – afirma Alexandra.
A pesquisadora diz que os principais nematóides que atacam as plantações do Mato Grosso do Sul são os pratilencos, os meloidogynes, e o nematóide de cisto da soja.
–No caso do meloidogyne, as raízes formam umas galhas e isso é bem visível, pois a raiz engrossa. No nematóide de cisto, conseguimos perceber uns pontinhos brancos, que são as fêmeas, em formato de pêra. Já o pratilenco é mais difícil porque ele é um endoparasita que fica dentro da raiz e a apodrece. Só a extração em laboratório pode confirmar e quantificar – explica.
Para prevenção, a engenheira orienta a usar sempre cultivares com baixo fator de reprodução, que sejam resistentes e tolerantes, além de detectar antes quais nematóides costumam estar na região. Em relação ao transporte de máquinas, também é necessário ter cuidado e verificar se ela não foi para uma área infectada. Já em relação ao tratamento, o mais interessante é quebrar o ciclo da praga.
– Só com rotação, com uma cultura que não multiplique. No caso, podemos usar as crotalárias e alguns milhetos. Mas não há receita pronta. Cada caso é um caso. Existe também o tratamento de sementes, mas ele não é a solução. Deve estar aliado a várias práticas de manejo – explica.
Para mais informações sobre os nematóides da soja, milho e algodão, basta entrar em contato com a Fundação Chapadão através do número (67) 3562-2032.
Reportagem exclusiva originalmente publicada em 2/3/2011
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