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Detalhes podem ser fundamentais para o sucesso de uma lavoura. Muitos produtores não sabem, mas a presença de insetos voadores pode ser a chave para o controle de pragas. A quantidade de besouros existentes na fazenda indica a incidência de corós presentes na plantação. É o que diz o pesquisador Germison Tomkuelski, da Fundação Chapadão. Ele explica que os besouros são a revoada das gerações da praga que se desenvolveram na safra anterior. Geralmente, os besouros surgem principalmente nos meses de setembro, outubro e novembro.
O fundamental é fazer o monitoramento da lavoura. No caso da cultura do milho safrinha, que está sofrendo com os danos causados pelos corós, os produtores devem fazer determinados buracos na linha de soja, que é a cultura anterior, e observar a infestação da praga.
— Dependendo da quantidade de besouros que o produtor observou na luz, mesmo na sede da fazenda, dá para saber se a infestação de corós vai ser maior ou menor. O monitoramento dos corós na lavoura deve ser feito em trincheiras. Você abre alguns buracos no talhão com 20 a 30 cm de profundidade, 50 cm de comprimento e largura em torno de 20 cm. Normalmente é feito na linha da cultura anterior. No caso do milho safrinha, deve ser feito na linha de soja — ensina o pesquisador.
O coró é uma praga que ataca as raízes da planta, afetando consideravelmente a produtividade. O inseto está causando grandes prejuízos à cultura do milho safrinha em algumas regiões do Brasil e chegou ao Chapadão. Em alguns casos de grande incidência da praga, as lavouras chegam a ser completamente perdidas. No entanto, segundo Germison, a média de perdas gira em torno de 20%. É muito difícil eliminar completamente a praga, mas existem formas de controle, principalmente com o tratamento de sementes e o tratamento no sulco, quando a infestação é alta.
— O que nós sabemos é que a presença de um coró por metro quadrado já é necessário adotar alguma medida para diminuir os danos desta praga. Se o índice for maior do que isso talvez seja necessário fazer uso das duas técnicas, o tratamento de sementes e no sulco. Dentro do manejo integrado de pragas, a premissa básica é a amostragem. É preciso que o produtor faça a amostragem básica dos seus talhões onde ele vai plantar o milho safrinha e detectando a praga ele vai tomar as providências — explica.
Os interessados em informações mais detalhadas devem entrar em contato com a Fundação Chapadão. O telefone da instituição é (67) 3562-2032.
Reportagem exclusiva originalmente publicada em 04/03/2011
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