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| Solos |
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| Terraceamento e Plantio Direto são armas eficientes contra erosão hídrica |
| Embrapa Meio Norte observa alternativas economicamente viáveis para reverter a degradação do solo |
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Lideradas pela Embrapa Meio Norte, as pesquisas para controlar a erosão hídrica nos sete municípios que compõem a região de Gilbués, no Piauí, constataram que quanto mais degradados os solos, menor é o índice de infiltração de água. Técnicas de terraceamento e lavouras de pinhão manso consorciado a três tipos de gramíneas vêm sendo utilizadas para reverter o fenômeno e promover maior fixação de carbono. Além de amortecer a velocidade de escoamento da água na superfície, a alternativa também é um modo de abastecer os lençóis freáticos.
Rústica, resistente a doenças e bastante adequada às adversas condições climáticas regionais, a oleaginosa é uma escolha baseada também na possibilidade de avaliar o aproveitamento para extração de óleo destinado à produção de biocombustível no futuro. O pesquisador Marcos Emanuel explica que o objetivo é identificar uma cultura economicamente viável, considerando os desafios impostos pelo modelo tradicional da pecuária local.
— A intenção é que os criadores de gado sejam nossos parceiros. Queremos manter a terra plantada e tornar essas pastagens sustentáveis para viabilizar o sistema produtivo. Iniciado há seis meses, o experimento com pinhão manso está próximo da primeira colheita, que geralmente não obtém resultados satisfatórios. Trata-se de uma planta que vive cerca de 50 anos, então é preciso mais tempo de análise detalhada para garantir um rendimento ao produtor. A produtividade real só se estabelece em torno do quinto ao sétimo ano— explica.
Emanuel cita ainda, os excelentes atributos químicos de solo verificados na mesma extensão de 7,5 mil quilômetros, onde se encontram baixíssimas concentrações de matéria orgânica. Segundo ele, com características de alta resistência à seca, produção de massa verde e boa propagação, o Andropogon gayanus, a Brachiaria decumbens e a Brachiaria Piatã são espécies apropriadas para reverter a situação, evitando a formação e o aumento de crateras erosivas de aproximadamente seis metros de profundidade por cinco metros de largura.
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28/04/2024
