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Kamila Pitombeira
27/08/2012
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A mela é uma das principais doenças que atacam o feijão caupi, causando uma severa desfolha e a consequente morte da planta. Para combater o problema, é preciso que os produtores rurais adotem medidas preventivas, pois ainda não existem produtos registrados contra a doença. Entre as principais medidas preventivas, o uso de variedades resistentes e adoção de práticas culturais adequadas devem fazer parte da rotina do agricultor.
Segundo Kátia Nechet, pesquisadora da Embrapa Meio Ambiente, essa doença é causada por um patógeno de solo ataca vários hospedeiros. É um fungo chamado rhizoctonia solani que, em condições de alta umidade e temperatura elevada, causa mancha nas folhas. A partir dessas manchas, ocorre uma desfolha severa nas plantas.
— Essa doença é identificada a partir das manchas nas folhas, como se fosse uma queima, começando das folhas mais próximas ao solo. Com a intensificação da chuva e a disseminação da doença, as manchas começam a evoluir para toda a planta, fazendo com que ela fique necrosada. Além disso, também é muito comum observar o surgimento de uma teia branca entre as folhas — afirma a pesquisadora.
Dependendo do material utilizado no campo, ela conta que a doença pode causar até 80% de desfolha. Isso porque existem materiais de feijão caupi, principalmente os de porte prostrado, que são mais resistentes à doença, como explica Kátia.
— Entre os materiais que contam com boa resistência estão o BRS Mazagão, BRS Amapá, BR 17 Gurguéia e BR 03 Bragança — diz.
Ainda de acordo com a pesquisadora, existem algumas medidas que podem ser utilizadas para prevenir o aparecimento da doença, como adotar a rotação de culturas, evitar o plantio sucessivo do feijão caupi com a soja e não utilizar um espaçamento muito pequeno. Já o tratamento depois do surgimento do problema na lavoura, não é viável.
— Diferente de outras culturas, no feijão caupi não há como tratar a doença depois que ela já se instalou na plantação. Isso porque não há nenhum produto registrado contra essa doença — explica a pesquisadora.
Para mais informações, basta entrar em contato com a Embrapa Meio Ambiente através do número (19) 3311-2700.
Reportagem exclusiva originalmente publicada em 08/09/2011
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