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Kamila Pitombeira
25/08/2011
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Para estudar a possibilidade de incorporar novos produtos ao mercado de herbicidas voltados para oleaginosas, foi exposto o tema “Manejo de plantas daninhas em oleaginosas” no dia de campo realizado na Fazenda Experimental Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig), em Prudente de Morais, Centro Oeste de Minas, no dia 18 de agosto.
No encontro, foi abordada uma pesquisa feita pela empresa que envolve cultivar de girassol (Embrapa 122), uma variedade de mamona (Paraguaçu), uma espécie de pinhão-manso (Jatropha curcas L.) e um nabo-forrageiro comum. Segundo Maria Helena Mascarenhas, pesquisadora da Epamig, existem dois grandes problemas de produção no Brasil, onde a capina química é um dos componentes. Primeiro, a indisponibilidade de produtos no mercado brasileiro em relação aos produtos ofertados aos produtores concorrentes de outros países. O segundo é a falta de registro de produtos para as culturas.
— O objetivo da pesquisa então é escolher herbicidas eficientes e seletivos que possam ser usados e recomendados para essas culturas em um sistema de produção onde a capina química seja um dos componentes importantes — afirma a pesquisadora.
Esse projeto , de acordo com Maria Helena, compreendeu oito ensaios, quatro em condições de casa de vegetação e quatro em condições de campo. Na casa de vegetação, para cada cultura, trabalhou-se com 11 herbicidas emergentes e pós-emergentes e um tratamento de testemunha que recebeu apenas água no dia da aplicação dos produtos químicos.
— Esses ensaios de estufa nos serviram para selecionar os produtos não fitotóxicos para as culturas. No caso do girassol, de todos os herbicidas utilizados, foi selecionado mais um produto com potencial para registro, além dos três produtos registrados para a cultura. Para a mamoneira, conseguimos quatro produtos que se mostraram seletivos em condições de campo, mas também concluímos que novos estudos utilizando controles químicos complementares deverão ser incentivados — conta.
Já na cultura do nabo-forrageiro, uma planta de rápido crescimento vegetativo, não há interferência de plantas daninhas, como diz a pesquisadora. Portanto, nesse caso, a prática de manejo de plantas daninhas é desnecessária.
— Para o pinhão-manso, existem alguns produtos selecionados, mas o manejo de plantas daninhas na linha de plantio é essencial durante a fase de crescimento da cultura. Se não houver esse manejo, uma parte importante, ou seja, a reprodução e a produção de frutos e sementes para a extração do óleo, se perde. A planta fica com apenas uma haste principal, sem ramificações — explica Maria Helena.
A pesquisadora ressalta que esses produtos testados na pesquisa ainda precisam de registro para que os produtores rurais possam utilizá-los. Para ela, é importante deixar claro que o produtor rural não pode utilizar um produto não registrado.
Para mais informações, basta entrar em contato com a Epamig através do número (31) 3489-5000.
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