dia de campo

a
Esqueceu a senha?
Quero me cadastrar
     27/07/2024            
 
 
    
Meio Ambiente  
Distribuição potencial do mexilhão dourado
Pesquisa da Embrapa Pantanal confirma o alto potencial de invasão do molusco de origem chinesa.
Ouça a entrevista Comente esta notícia Envie a um amigo Aponte Erros Imprimir Ficha
Nivea Schunk
30/10/2009

A tese de doutorado da pesquisadora Marcia Divina de Oliveira, da Embrapa Pantanal, comprovou o potencial de alastramento do mexilhão dourado nas águas doces brasileiras. A espécie é natural da China e foi introduzida na América Latina através do rio da Prata, na Argentina. A probabilidade é que a transferência tenha ocorrido nas troca das águas de lastro, que garantem estabilidade de navegação aos grandes navios.

Devido às características únicas encontradas nas águas pantaneiras, o estudo foi conduzido com intuito de estabelecer os limites de tolerância do molusco. A pesquisadora ressalta que a região se equipara a um laboratório natural.

— A interação entre o rio e a planície de inundação proporciona baixo teor de cálcio, falta de oxigênio em algumas épocas do ano e maior acidez na água. Se o invasor resiste a essas condições extremas, a probabilidade de sobrevivência em outros locais é muito alta — explica Marcia.

A praga altera as
cadeias tróficas
e elimina as
espécies nativas.

As projeções de invasão foram feitas por meio de um sofisticado modelo de nicho ecológico, aplicado às variáveis ambientais e comportamentais descritas durante quatro anos de observação no rio Paraguai e lagos periféricos. A pesquisa mediu a densidade dos indivíduos, desde a etapa em que se movimentam livremente (larvas) até se fixarem, na fase adulta.

Além dos prejuízos econômicos causados pelos entupimentos que promove nas tubulações das estações de tratamento e usinas hidrelétricas, a praga provoca riscos ambientais à medida que altera as cadeias tróficas e elimina as espécies nativas.

— O Brasil precisa investir em pesquisas para desenvolver métodos de controle menos agressivos do que os utilizados atualmente. O rio Paraná, por exemplo, tem muitos reservatórios e em todos eles se usa produtos químicos. A questão é que não se sabe ainda os efeitos acumulativos dessa prática na natureza — revela.

Embora haja estudos sobre alternativas de combate mais apropriadas, o longo tempo exigido pelos experimentos não permite previsões de resultados práticos. Mesmo países como os Estados Unidos e Canadá convivem com o problema por falta de tecnologias mais eficazes.

Clique aqui, ouça a íntegra da entrevista concedida com exclusividade ao Jornal Dia de Campo e saiba mais detalhes da tecnologia.
Aviso Legal
Para fins comerciais e/ou profissionais, em sendo citados os devidos créditos de autoria do material e do Jornal Dia de Campo como fonte original, com remissão para o site do veículo: www.diadecampo.com.br, não há objeção à reprodução total ou parcial de nossos conteúdos em qualquer tipo de mídia. A não observância integral desses critérios, todavia, implica na violação de direitos autorais, conforme Lei Nº 9610, de 19 de fevereiro de 1998, incorrendo em danos morais aos autores.
Ainda não existem comentários para esta matéria.
Para comentar
esta matéria
clique aqui
sem comentários

Conteúdos Relacionados à: Água
Palavras-chave

 
11/03/2019
Expodireto Cotrijal 2019
Não-Me-Toque - RS
08/04/2019
Tecnoshow Comigo 2019
Rio Verde - GO
09/04/2019
Simpósio Nacional da Agricultura Digital
Piracicaba - SP
29/04/2019
Agrishow 2019
Ribeirão Preto - SP
14/05/2019
AgroBrasília - Feira Internacional dos Cerrados
Brasília - DF
15/05/2019
Expocafé 2019
Três Pontas - MG
16/07/2019
Minas Láctea 2019
Juiz de Fora


 
 
Palavra-chave
Busca Avançada