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Os benefícios econômicos e ambientais do reaproveitamento da cama de aviário de um lote para outro estão comprovados. Segundo a pesquisadora Valéria Abreu, da Embrapa Suínos e Aves, a cobertura com lona é a melhor opção dentre os diversos métodos testados. Com a redução da ação dos agentes patológicos e a garantia da destinação sustentável dos contaminantes, esse resíduo também é uma alternativa à escassez e alto custo dos materiais de boa qualidade no mercado.

— Assim que as aves saem, se retira ou levanta todo o equipamento dentro do espaço e os restos das muretas. É necessário molhar e cobrir tudo com uma lona plástica envolvendo toda a parte de baixo. Isso deve permanecer em torno de 10 a 12 dias coberto. Depois, são retirados os torrões. Feito o revolvimento, deixa-se o aviário aberto por dois dias para receber novamente as aves. Constatada uma significativa diminuição de bactérias e da infestação de insetos corriqueiros na atividade, como o cascudinho, os resultados demonstraram condições muito boas — explica ela.
Normalmente, após algumas reutilizações o resíduo passa por outro tratamento para ser utilizado no solo como fertilizante. Valéria reafirma a viabilidade da técnica adotada praticamente em todo país. A pesquisadora faz expressas recomendações de não reutilizar material que tenha apresentado problema de contaminação.
— A pesquisa começou a partir de 2006, quando o Brasil recebeu um apontamento do antigo Eurep Gap, questionando a razão de o país adotar uma prática que não era comum na Europa. Foram observados 24 aviários com três tipos diferentes de tratamento e um sem nenhum tipo de tratamento. O processo foi acompanhado durante seis lotes, praticamente um ano fazendo todas as avaliações da questão sanitária da cama — diz.
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