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Tecnologia de aplicação na 3ª edição do MIP no RS
Intensificação da agricultura exige uma série de conhecimentos técnicos que vão muito além do volume de calda que preocupava no passado
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Joseani M. Antunes, Embrapa Trigo
21/08/2015

A tecnologia de aplicação de defensivos sempre foi uma das práticas mais difíceis para o produtor alcançar sucesso no campo. No controle de insetos o problema é ainda maior, já que durante a aplicação o risco de atingir insetos predadores, que são inimigos naturais, tem sido causa do aumento das populações de pragas nas lavouras de grãos. Este foi o tema do terceiro curso de Manejo Integrado de Pragas desenvolvido através da parceria entre Emater e Embrapa Trigo no Rio Grande do Sul.

"A intensificação da agricultura implica na intensificação do uso de defensivos. Isto exige uma série de conhecimentos técnicos que vão muito além do volume de calda que preocupava no passado", alerta o pesquisador da Embrapa Soja, Fernando Adegas. Ele ressalta que "apenas comprar um pulverizador moderno não basta. É preciso atentar para as regulagens do equipamento que vão determinar uma boa aplicação, como o sistema de filtragem, a escolha da ponta mais adequada, o alvo, as condições climáticas no momento, e outros".

De acordo com o analista da Embrapa Trigo, Jorge Lemainski, nas etapas anteriores do MIP, com ações que iniciaram em 2013 no RS, as capacitações voltadas aos técnicos da extensão rural e assistência privada tinham como objetivos identificar corretamente as pragas e determinar a necessidade ou não de aplicar defensivo na lavoura. "Nesta terceira fase, estamos alertando para o melhor uso do defensivo quando o controle químico se mostra indispensável. Além do uso racional, queremos orientar para o uso eficiente, tanto do ponto de vista prático da aplicação, quanto da visão econômica e ambiental", afirma Lemainski.

"Havia uma demanda reprimida sobre o processo de aplicação de defensivos agrícolas que não era atendida pela extensão por limitações técnicas e operacionais. A capacitação não elimina todas as dificuldades, mas ajuda a fazer o trabalho de forma mais segura", avalia o extensionista da Emater/RS Regional de Passo Fundo, Cláudio Doro. A capacitação "MIP e tecnologia de aplicação de defensivos agrícolas" reuniu 48 técnicos da Emater/RS na Embrapa Trigo, no período de 29 a 31/07, com atividades teóricas e saídas a campo.

Resultados do MIP
A publicação "Resultados do Manejo Integrado de Pragas da Soja na Safra 2013/14 no Paraná", organizada pela Emater/PR e Embrapa Soja apresenta números que surpreenderam até o coordenador dos trabalhos, o técnico Nelson Harger. O projeto "Plante seu Futuro" conseguiu reduzir em 56% as aplicações de inseticidas no Paraná. Nas 152 Unidades de Referência (UR - parcelas de lavouras comerciais em propriedades rurais de 79 municípios do Estado) o número médio de aplicações foi de 2,1 aplicação/UR, enquanto que a média das lavouras de soja do PR foi de 4,8 aplicações/lavoura. A primeira aplicação de inseticidas na UR foi aos 64,5 dias, enquanto que na média das demais lavouras a primeira aplicação levou 35 dias para ser efetuada. "O objetivo deste trabalho é ajudar o produtor a determinar o manejo mais adequado naquele momento, de modo a atingir o controle de pragas com o menor número possível de aplicações", conta Harger.

No Rio Grande do Sul, foram acompanhadas 74 Unidades de Referência na última safra de verão, mas para o assistente técnico estadual da Emater/RS Alencar Ruggeri o trabalho ainda esbarra na resistência do produtor em fazer o monitoramento das pragas antes de aplicar o inseticida: "estamos na terceira edição e agora os produtores começaram a enxergar os resultados. Não temos dúvidas de que o número de aplicações reduziu, mas ainda temos muito a evoluir. O produtor está mais criterioso, utilizando as informações da assistência técnica para definir a melhor estratégia de controle, mas ainda não dispensa o uso do controle químico", avalia Ruggeri.

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