dia de campo

a
Esqueceu a senha?
Quero me cadastrar
     31/07/2025            
 
 
    
Manejo da Lavoura    
Gotejamento subterrâneo facilita manejo do cafezal
Tecnologia desenvolvida pela Netafim apresenta vantagens também para a saúde da lavoura
Comente esta notícia Envie a um amigo Aponte Erros Imprimir  
Luís Yukio Martinez
17/02/2014

O Brasil é o maior produtor e exportador de café do mundo. A previsão para este ano é de 200 milhões de toneladas, crescimento de mais de 50% nos últimos oito anos. Deste total, 10% utilizam técnicas variadas de irrigação, seja por aspersão, seja localizada, e são responsáveis por produção de 25% da produção nacional de café. E a tendência é de que este número aumente exponencialmente, para atender à expectativa do aumento da população que pode chegar a mais de 9 bilhões de pessoas em 2050.

Das técnicas disponíveis para o cafeicultor, o gotejamento ganha destaque como a mais utilizada, por conta das características de eficiência, efetividade de água, energia e fertirrigação. Os primeiros projetos implantados aconteceram na década de 90, nas regiões do Triangulo Mineiro (Araguari/MG e Monte Carmelo/MG), e Alta Mogiana (Franca/SP), essencialmente com os tubos gotejadores instalados na superfície do solo.

Desde então, grandes avanços ocorreram nas questões de técnicas de manejo de irrigação, consolidação da fertirrigação e melhoria dos equipamentos de automação e monitoramento agronômico, com destaque para a técnica de gotejamento subterrâneo, desenvolvido pela Netafim, e testado durante o período de 2005 a 2013 no Triangulo Mineiro.

Entre as vantagens deste novo sistema em relação ao convencional (instalado na superfície do solo), está a flexibilidade do uso do maquinário agrícola. “Como o sistema está enterrado no solo, o cafeicultor pode utilizar seu maquinário sem o receio de danificar os tubogotejadores”, explica Carlos Sanches, Gerente Agronômico da Netafim Brasil. Outras vantagens são que o sistema dificulta a germinação de plantas daninhas, uma vez que a superfície do solo se mantém seco, apresenta maior disponibilidade de nutrientes, aumentando a eficiência na absorção dos mesmos, pelo fato do ponto de emissão estar mais próximo da raiz, e reduz perdas por evaporação de água no solo.

A viabilidade do sistema depende da utilização de técnicas adequadas de manejo de irrigação, visando a racionalização do uso da água e o aumento da produtividade. “É necessário o conhecimento do movimento de água quando aplicado em profundidade, manejo agronômico da cultura e manutenção específica para o sistema de irrigação, a fim de garantir o bom funcionamento e consequentemente os resultados esperados”, explica Sanches. Durante o período de testes, o gotejamento subterrâneo apresentou tendências a melhorar a uniformidade na distribuição de água do bulbo úmido.

Pioneira no desenvolvimento dessa tecnologia, a Netafim instalou áreas experimentais e, por meio de constante monitoramento e avaliações, foram coletadas informações para recomendar esta opção tecnológica com a utilização dos tubos gotejadores subterrâneos. “Esta tecnologia evita inconvenientes como roubo, cortes causados pelas capinas, preparo da lavoura para colheita, colheita, ataque de roedores e a melhoria no manejo e práticas culturais referentes ao cafeeiro, além de atender a tecnologia de alta produtividade e bom desempenho do sistema de irrigação e simplificar a vida do cafeicultor nas questões referentes ao manejo”, finaliza o executivo.

De acordo com André Fernandes, professor e pesquisador da Universidade de Uberaba (Uniube), onde também ocupa o cargo de Pró Reitor de Pesquisa e Pós Graduação, o sucesso do sistema estimula os cafeicultores e projetistas a adotarem a técnica. “As vantagens são diversas, como economia de água, alta uniformidade, possibilidade de aplicação de vários produtos via água de irrigação, menor concorrência com plantas invasoras e outros”.

Ele também alerta que as recomendações para a manutenção do sistema devem ser seguidas à risca. “Deve-se utilizar os gotejadores adequados, respeitando as distâncias e profundidades indicadas pelo fabricante, realizar as manutenções preventivas e corretivas e a aplicação periódica de herbicidas para evitar a intrusão de raízes nos gotejadores”, explica.

Aviso Legal
Para fins comerciais e/ou profissionais, em sendo citados os devidos créditos de autoria do material e do Jornal Dia de Campo como fonte original, com remissão para o site do veículo: www.diadecampo.com.br, não há objeção à reprodução total ou parcial de nossos conteúdos em qualquer tipo de mídia. A não observância integral desses critérios, todavia, implica na violação de direitos autorais, conforme Lei Nº 9610, de 19 de fevereiro de 1998, incorrendo em danos morais aos autores.
Ainda não existem comentários para esta matéria.
Para comentar
esta matéria
clique aqui
sem comentários
Fertilizantes para os trópicos em debate no Brasil
Congresso Mundial de Fertilizantes acontece no mês de outubro, na cidade do Rio de Janeiro
BRS Parrudo é opção para produção de trigo no RS e SC
Variedade apresenta potencial produtivo de 5.000 kg/ha e elevado teor de glúten
Embrapa pesquisa opções para manutenção da qualidade do solo
Meta é avaliar alternativas ao sistema de derruba-e-queima para recuperação e manutenção do solo, além da diversificação da produção agrícola
Gotejamento subterrâneo facilita manejo do cafezal
Tecnologia desenvolvida pela Netafim apresenta vantagens também para a saúde da lavoura
A Pesquisa Pública e a Era Big Data
Na agricultura, imagens captadas por um vant (veículo aéreo não tripulado) em breve indicarão que parcela da lavoura precisa de irrigação, de reforço na adubação ou já pode ser colhida, lesões em plantas ou frutos, intensidade do ataque de praga ou doença e indicarão o controle adequado
Utilização de inoculantes no processo de ensilagem
O uso de inoculantes em silagens deve ser utilizada como uma ferramenta complementar, e não corretiva, de forma a priorizar o manejo adequado da ensilagem na colheita, compactação, armazenamento e vedação
Seleção de cultivares de mandioca com tolerância à podridão seca das raízes
Sintomas da podridão são variáveis. Dependendo do agente causal, podem aparecer estrias negras nas raízes no caso da podridão seca, ou então as raízes apresentarem escurecimento com exsudação de um odor fétido
Conhecimento e tecnologias são chaves para produção de grãos no cerrado do AP
No desenvolvimento dessa nova agricultura no cerrado, ainda embrionária, existe a possibilidade de cultivo de aproximadamente 150 mil hectares, que podem dobrar sem expansão de área no caso de duas safra/ano, possibilidade real devido à boa distribuição de chuva por quase 9 meses
Planejamento para enfrentar a Helicoverpa armígera
MIP tem sido a recomendação da Caravana Embrapa de Alerta às Ameaças Fitossanitárias, para enfrentar a praga
Zinco é essencial para o crescimento da planta
Elemento é um ativador enzimático e suas doses via foliar devem estar baseadas em análises químicas de solo
SolosBR planeja as ações para os próximos 10 anos
Métodos e tecnologias de identificação de solos; integração e avaliação da informação de solos e organização, disponibilização e transferência da informação em solos são linhas do projeto
Etanol de milho: estudo mostra viabilidade de produção no Brasil
Mato Grosso e Mato Grosso do Sul apresentam as melhores rentabilidades para projetos de usinas flex ou usinas exclusivas para a produção de etanol de milho

Conteúdos Relacionados à: Irrigação
Palavras-chave

 
11/03/2019
Expodireto Cotrijal 2019
Não-Me-Toque - RS
08/04/2019
Tecnoshow Comigo 2019
Rio Verde - GO
09/04/2019
Simpósio Nacional da Agricultura Digital
Piracicaba - SP
29/04/2019
Agrishow 2019
Ribeirão Preto - SP
14/05/2019
AgroBrasília - Feira Internacional dos Cerrados
Brasília - DF
15/05/2019
Expocafé 2019
Três Pontas - MG
16/07/2019
Minas Láctea 2019
Juiz de Fora


 
 
Palavra-chave
Busca Avançada