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A Embrapa Agropecuária Oeste, em parceria com a Universidade Estadual do Mato Grosso do Sul, está desenvolvendo um software que vai medir a contaminação hídrica causada pelo uso de agrotóxicos. O sistema, batizado de Acha, pode servir para embasar melhor as discussões a respeito da utilização de agrotóxicos porque vai conseguir avaliar exatamente os impactos do produto no ambiente. O sistema de computador vai conseguir simular cenários de até 30 anos e quantificar a concentração de agrotóxico no solo e a profundidade que ele está penetrando. Com esta ferramenta será possível saber se o produto vai atingir o lençol freático, como e em quanto tempo.
— Hoje, uma das grandes preocupações da Embrapa é garantir a sustentabilidade e avaliar a sustentabilidade dos sistemas de produção. Um dos componentes desta sustentabilidade é justamente avaliar o impacto ambiental dos agrotóxicos que são utilizados neste sistema de produção. O Acha (Avaliação da Contaminação Hídrica por Agrotóxico) é um programa de computador em que nós podemos simular o comportamento ambiental do agrotóxico após ele ser utilizado em uma determinada cultura — explica Rômulo Penna Scorza Júnior, pesquisador da Embrapa Agropecuária Oeste.
O principal benefício do software será ajudar os órgãos de fiscalização a ter uma noção mais precisa do grau de contaminação dos produtos. O sistema Acha será muito importante na hora de avaliar a liberação de um novo agrotóxico ou na renovação de registro. O software leva em conta diversos dados relacionados ao tipo de solo em questão, clima e agrotóxico que está sendo utilizado. O Acha está em fase final de desenvolvimento e deve estar disponível para os órgãos públicos no fim do ano. Segundo o pesquisador, no primeiro momento apenas órgãos como o Ibama terão acesso à ferramenta, mas é possível que no futuro os próprios produtores possam adquirir a tecnologia para medir o impactos das aplicações de agrotóxico nas suas propriedades.
— A ferramenta é bem simples. Desde que você tenha os dados para inserir no programa, em minutos você já tem resultados dos possíveis riscos de contaminação. São dados como área de chuva, temperatura máxima e mínima do ar, evapotranspiração, quantidade de matéria orgânica presente no solo, dados de curva de retenção de água no solo e que produto está sendo utilizado — enumera o pesquisador.
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