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Mudanças Climáticas Globais, Florestas, Madeira e Carbono
Obra aborda a questão do Aquecimento global através da história e faz uma descrição das motivações pela quais mudanças abruptas na atualidade poderiam ser atribuídas as ações humanas
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Eder Zanetti
30/05/2014

Você acredita que o desmatamento das florestas tropicais é responsável pelo aquecimento global? Você acredita que evitar o desmatamento na Amazônia e no Cerrado, e em qualquer lugar, vai solucionar o problema do aquecimento global? Você acredita que os fazendeiros, agricultores e madeireiros são os culpados pelo aquecimento global? Você acredita que os pagamentos por desmatamento evitado são a melhor forma de financiar o desenvolvimento sustentável? Você acredita que usar madeira de florestas tropicais é uma forma de destruir as florestas? Você acredita que a Amazônia está sendo destruída pela exploração de madeira? Você acredita que é melhor optar por produtos substitutos da madeira, como forma de garantir a sobrevivência das florestas e diminuir o aquecimento global?

Se você respondeu positivamente para qualquer das questões acima, você precisa ler o que o livro “Mudanças Climáticas Globais, Florestas, Madeira e Carbono” tem pra lhe dizer.  Mentiram pra você, e tem repetido a mentira por milhares de vezes, na tentativa de fazer ela “pegar”. Mas este livro vai tirar você dessa. Uma primeira questão óbvia é: se é verdade que o desmatamento leva ao aquecimento global, porque isto não aconteceu enquanto a Europa, a Ásia e o EUA desmataram a totalidade de seus territórios? E se o uso da madeira prejudica as florestas, porque a Europa e América do Norte são os maiores produtores e consumidores mundiais desta matéria-prima?

A obra trata em detalhes, com fundamentos científicos, a questão do aquecimento global através da história, e faz uma descrição das motivações pela quais mudanças abruptas na atualidade poderiam ser atribuídas as ações humanas - principalmente no setor urbano, e relacionadas com uso de combustíveis fósseis. Os aspectos da adaptação e da mitigação são apresentados de forma descritiva e exemplificados.

O tema dos mercados de carbono é abordado de forma sistemática, demonstrando como surgiram e foram estruturados mercados regulatórios e voluntários, e quais são os principais atores envolvidos na sua implantação e consolidação através dos anos. Uma forma de valorizar o papel dos ecossistemas no fornecimento de serviços para a sociedade, o pagamento por carbono é bem-vindo, mas as tentativas de vincular isto com redução de desmatamento são absurdas.

Neste particular, dos mercados de carbono, o documento reúne informações sobre metodologias para apresentação de projetos, apresentando as minúcias de dados, informações e procedimentos para alavancar atividades voltadas para reduzir emissões ou aumentar sequestro de Gases do Efeito Estufa – GEE. Aumentar o uso da madeira é uma forma de garantir que os recursos financeiros do carbono tenham impacto real na redução dos efeitos dos GEE.

Na discussão sobre Redução das Emissões do Desmatamento e Degradação – REDD (e REDD+) das florestas, o autor apresenta o tema de forma clara e concisa, incluindo uma crítica dirigida sobre as principais falhas deste mecanismo. Convém afirmar que investir em REDD+ em países em desenvolvimento vai resultar em aumento líquido de emissões em todo o mundo. Não há benefícios para o clima global com a atividade, em compensação, para os agricultores, fazendeiros e madeireiros dos países desenvolvidos a história é outra. O abando dos cultivos agropecuários em países em desenvolvimento vai fortalecer o setor nos países desenvolvidos, garantido renda e facilitando a fixação de uma população rural cada vez menor.

Além da questão de transferência de renda e aumento das emissões do setor agropecuário e florestal nos países desenvolvidos, a existência de imensas áreas de florestas subutilizadas por este subsídio perverso - REDD+, faz sobrar para os residentes nos países em desenvolvimento a pesada carga de ter de conviver com uma imensa quantidade e variedade de doenças tropicais, que proliferam em ambientes abandonados. O risco de epidemias de escala mundial já não é mais abstrato, com surtos que surpreenderam o planeta todo nos anos recentes. Este risco aumenta com a má utilização e restrições ao manejo adequado das áreas tropicais, notáveis reservatórios de doenças transmissíveis graves e letais.

Mas como não veio para apresentar problemas, antes para analisar a melhor solução, o livro passa a tratar das oportunidades para que o setor florestal brasileiro, e dos países em desenvolvimento, venha a obter ganhos significativos com os esforços globais de redução de emissões e/ou aumento de sequestro de GEE.

O livro traz à luz uma questão importante para o desenvolvimento sustentável do país, que é a integração da Amazônia. O Brasil precisa usar mais e melhor as suas florestas tropicais. É urgente e necessário explorar cada vez mais, com maior impacto (maior volume de colheita e de inversão tecnológica e financeira) e intensidade nossas madeiras nobres, como forma de garantir o desenvolvimento sustentável e qualidade ambiental para estas e as futuras gerações.

Usar madeira melhora a sociedade como um todo, e cria um ambiente saudável para que a população seja beneficiada pelas ações socioeconômicas. As madeiras das florestas tropicais estão disponíveis para exploração. A floresta tropical brasileira já passou da hora de ser explorada, apresentando excessos de estoques que comprometem sua sanidade e produtividade. E o mais grave, a sua baixa utilização rouba oportunidades de trabalho e renda para a população mais carente, que poderia utilizar estes recursos para alavancar seu próprio desenvolvimento sustentável, mas acaba indo engrossar os eixos de pobreza e criminalidade nos centros urbanos.

Neste sentido a obra avança ainda mais, demonstrando que as oportunidades dificilmente iriam ser desenvolvidas investindo em parcerias com EUA e Europa, que tem setores florestais muito poderosos e desinteressados no avanço brasileiro. Os parceiros ideais estão no eixo dos BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China – com África do Sul), que tem apresentado crescimento econômico e potencial para mudar a arquitetura das relações econômicas globais. A obra sugere isenção de taxas e impostos para a madeira e os serviços ecossistêmicos associados à ela, incluindo Carbono. Este tema foi levado para o BRIC por intermédio da FAO, que convidou o autor, único brasileiro a participar de evento oficial do Ano Internacional das Florestas da ONU, para expor a proposta na Índia, em 2011.

Dando sequencia a postura propositiva do trabalho, no último capítulo são demonstradas ações de peso já em implantação no Brasil, para tornar esta abordagem uma realidade. A proposta de legislação federal, a unidade e a plataforma criadas como protótipos e já funcionando, demonstra que a obra não trata de ficção, mas antes de uma realidade inserida no dia-a-dia dos brasileiros.

O autor gostaria que os leitores tomassem o conteúdo como um instrumento de enfrentamento. O livro foi produzido para esclarecer o público sobre o tema das florestas e o papel da madeira para manter uma sociedade soberana, saudável, rica e diversa. A madeira das florestas brasileiras não é menor, por sinal é muito melhor, do que as madeiras das florestas dos outros países, e deve ser utilizada como veículo de crescimento social, ambiental e econômico do Brasil. A madeira brasileira é um produto nobre, de qualidade, com alta rentabilidade e, mais importante, nossa, assim como as florestas. Já passou da hora de passarmos a tratar do que é nosso com propriedade. Boa Leitura!

Texto originalmente publicado em 12/12/2012

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Márcio José Setti
20/11/2012 14:48:43
Muito bom!!!!!!!!!!!!

Carolina Pinheiro
20/11/2012 21:36:32
A publicação pretende ser científica mas expõe logo de cara comentários sem fundamentação correta sobre temas de altíssima relevância para o Brasil, como a questão de florestas e mudança do uso da terra. Cabe ressaltar que o tratamento de REDD+ na introdução do texto não é compatível com as decisões internacionais sobre o tema, que já barraram problemas associados a não adicionalidade. Assim sendo, a publicação se mostra ideologicamente comprometida e tecnicamente desatualizada. Decepcionante.

Eder Zanetti
22/11/2012 08:51:38
Desde 1750, cerca de 375 bilhões de toneladas de carbono já foram emitidos para a atmosfera. Segundo o relatório, a queima de combustíveis fósseis foi responsável pela maior parte desse volume.

http://noticias.ambientebrasil.com.br/clipping/2012/11/21/89072-volume-de-gases-estufa-na-atmosfera-bate-novo-recorde-diz-orgao-da-onu.html

Eder Zanetti
22/11/2012 09:26:59
Carolina,
se você passar da introdução, talvez encontre as respostas que está buscando.
por favor atente que estamos falando de bases científicas, e não politicas, sobre as mudanças climáticas.
o tema do REDD+ não tem importância nenhuma para o Brasil, já a madeira tropical é um fator de competitividade que pode modificar o eixo do comércio internacional de madeiras duras.
Qualidade ambiental é diferencial competitivo, e isto vai se acentuar a cada dia. Transferir qualidade ambiental para outros países, vai comprometer a competitividade da nossa agricultura, indústria e setor de serviços no futuro. é muito melhor manter a qualidade ambiental em nosso país, para que nossa economia possa crescer mantendo competitividade...
Se voce passar da introdução, tenho certeza que vai entender isso...
saudações florestais

Fernando Penteado Cardoso-eng.agr-USP-ESALQ,1936
12/12/2012 18:50:13
Parabéns antecipados ao autor pela disposição de discutir ideologias mal fundamentadas que vêm entravando o desenvolvimento do país.Faz-me lembrar do saudoso colega Angelo Paes de Camargo, do IAC, que em 2005 publicou magnifico artigo esclarecendo a relação entre floresta e clima na Amazônia.Chega de tabús e crendices: vamos aos fatos e ao progresso

Thales Augusto
16/12/2012 12:10:56
Muito obrigado, parabéns !
Idéias assim devem ser cultivadas.

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6 comentários
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